ATA DA QUADRAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 1º-6-2016.

 


Ao primeiro dia do mês de junho do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, na qual registraram presença Adeli Sell, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Fernanda Melchionna, José Freitas, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, registraram presença Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 076/16 (Processo nº 0843/16), de autoria de Bernardino Vendruscolo; o Projeto de Lei do Legislativo nº 107/16 (Processo nº 1121/16), de autoria de Dr. Goulart; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/16 (Processo nº 1150/16), de autoria de João Carlos Nedel; o Projeto de Lei do Legislativo nº 074/16 (Processo nº 0832/16), de autoria de Kevin Krieger; e o Projeto de Resolução nº 015/16 (Processo nº 1039/16), de autoria de Mario Manfro. Após, foram apregoados os Ofícios nos 488 e 514/16, do Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/16 e o Projeto de Lei do Executivo nº 015/16 (Processos nos 1312 e 1379/16, respectivamente). A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria de Adeli Sell (Processo nº 1392/16) informando nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, no dia seis de junho do corrente, no evento “Saídas Econômicas e as Novas Novas Relações de Trabalho”. Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: de autoria de Mauro Zacher (Processo Eletrônico nº 02604/16), nos dias primeiro e dois de junho do corrente, no Fórum Modelos de Negócios para Eficiência Energética em Iluminação Pública – Mesa Redonda para Cidades –, em São Paulo – SP –; e de autoria de Waldir Canal (Processo Eletrônico nº 02498/16), do dia oito ao dia dez de junho do corrente, no IX Congresso CONSAD de Gestão Pública em Brasília – DF. Após, foi apregoado Requerimento de autoria de João Carlos Nedel, Líder da Bancada do PP, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para Guilherme Socias Villela nos dias primeiro e dois de junho do corrente. Em prosseguimento, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES. Foi iniciado período destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar do tema “Caminhos Rurais de Porto Alegre”. Compuseram a Mesa: Cassio Trogildo, presidindo os trabalhos; Renata Fontoura, Diretora Administrativa dos Caminhos Rurais; e Nario Guerisoli, Diretor Financeiro dos Caminhos Rurais. Após, o Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II, a Renata Fontoura e Nario Guerisoli, que se pronunciaram sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se Reginaldo Pujol, Engº Comassetto, Dr. Thiago, Adeli Sell, Lourdes Sprenger, Jussara Cony, Sofia Cavedon, Rodrigo Maroni, Clàudio Janta e Valter Nagelstein. Ainda, o Presidente concedeu a palavra, para considerações finais, a Renata Fontoura e Nairo Guerisoli. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e quarenta e cinco minutos às quinze horas e quarenta e seis minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Rodrigo Maroni e Clàudio Janta. Após, foi registrado o transcurso do aniversário de Bernardino Vendruscolo. Os trabalhos foram suspensos das dezesseis horas e um minuto às dezesseis horas e dois minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Bernardino Vendruscolo, Engº Comassetto, Jussara Cony, Dr. Goulart e Adeli Sell. Foi iniciado período destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar do tema “Dia Mundial do Meio Ambiente”. Compuseram a Mesa: Engº Comassetto, presidindo os trabalhos, e Alfredo Aveline. Após, o Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso I, a Alfredo Aveline, que se pronunciou sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se Rodrigo Maroni, Prof. Alex Fraga e Engº Comassetto. Ainda, o Presidente concedeu a palavra, para considerações finais, a Alfredo Aveline. Em seguida, foi realizado um minuto de silêncio, por solicitação de Dr. Goulart, em homenagem póstuma a Conceição Teixeira da Silva. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Dr. Thiago. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Prof. Alex Fraga, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 229/15, 083, 084 e 106/16 e o Projeto de Resolução nº 013/16; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 280 e 273/15, este discutido por Prof. Alex Fraga, e o Projeto de Lei do Executivo nº 014/16. Após, foi apregoado Requerimento de autoria de Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, solicitando Licença para Tratamento de Saúde para Professor Garcia do dia três de junho ao dia dois de agosto do corrente. Ainda, foram apregoados os Ofícios nos 025 e 027/16, do Vice-Prefeito, informando que se ausentará do Município do dia dois ao dia seis de junho do corrente para cumprir agenda com os Ministros Eliseu Padilha, Osmar Terra e Marcelo Calero, em Brasília – DF –, e, em missão institucional, conhecer o sistema de integração de mobilidade urbana em Goiânia – GO. Durante a sessão, Engº Comassetto, Delegado Cleiton, Idenir Cecchim e Clàudio Janta manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário, de Tarcisio Zimmermann, Deputado Estadual; de Juarez Gutierres, Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Porto Alegre – LIESPA –; e de alunos e professoras da Escola Paulo Freire, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Às dezessete horas e vinte e quatro minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada por Prof. Alex Fraga, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo, Delegado Cleiton e Engº Comassetto e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João Carlos Nedel, na condição de Líder da Bancada do PP e nos termos do art. 218, § 6º do Regimento, solicita Licença para Tratamento de Saúde para o Ver. Guilherme Socias Villela nos dias 01 e 02 de junho de 2016.

Registramos a presença, no plenário, do Deputado Estadual Tarcisio Zimmermann. Seja bem-vindo.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a debater o assunto Caminhos Rurais de Porto Alegre, trazido pela Sra. Renata Fontoura e pelo Sr. Nairo Guerisoli.

Convidamos para compor a Mesa: a Sra. Renata Fontoura, Diretora Administrativa dos Caminhos Rurais; e o Sr. Nairo Guerisoli, Diretor Financeiro dos Caminhos Rurais.

A Sra. Renata Fontoura e o Sr. Nairo Guerisoli estão com a palavra.

 

A SRA. RENATA FONTOURA: Boa tarde a todos, faço parte dos Caminhos Rurais de Porto Alegre, estou aqui com o Nairo, também, nosso parceiro, e nós fomos convidados pelo Ver. Dr. Thiago. Eu queria agradecer, então, o Dr. Thiago pela oportunidade e o Ver. Cassio por ter aberto este momento aqui para a gente estar falando um pouquinho da nossa história. Para quem não conhece, Caminhos Rurais de Porto Alegre é um roteiro turístico que existe há dez anos. Então, nós estamos localizados no Extremo-Sul de Porto Alegre, somos compostos por 13 propriedades rurais, onde nós desenvolvemos atividades agrícolas e, também, aliado a isso, temos o turismo rural que vem para agregar nossas propriedades. A gente consegue estar trabalhando com crianças e com adultos dentro desses locais. Não sei se o Nairo gostaria de fazer alguma colocação a respeito?

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. NAIRO GUERISOLI: Boa tarde, falar sobre os Caminhos Rurais de Porto Alegre é sempre uma satisfação. Nós já tivemos oportunidade, há dois, três anos, de fazer uma comitiva com alguns Vereadores, inclusive com o Ver. Cassio, e eu acho que para todos que nos visitam sempre têm sido muito prazeroso; e para nós, moradores do Extremo-Sul da Cidade, é um prazer ver a satisfação, o encantamento que as pessoas ficam quando chegam naquela região. Muitas pessoas acham que Porto Alegre termina em Ipanema; para nós é o contrário, começa ali, porque é uma vida diferente, nós somos um pulmão verde de Porto Alegre, estamos sempre preservando aquela região. Na minha propriedade, particularmente, existe uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, que é um orgulho para nós, com dez hectares de morro, encravada no Morro São Pedro, que é um remanescente da mata atlântica, por sinal, eleito, pela SOS Mata Atlântica, o melhor remanescente de mata atlântica do Brasil, o mais bem preservado. E a gente faz, nesse contexto, pastorismo rural; todos os proprietários têm a sua atividade principal e pela beleza cênica das propriedades é que se chegou a esse roteiro de turismo rural.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. RENATA FONTOURA: Nós fomos contemplados pelo projeto Juntos para Competir, que é uma parceira do Sebrae, Senar e Farsul, e nós ganhamos, no ano passado, um vídeo. Fizemos o seu lançamento na Prefeitura, na Secretaria de Turismo, no dia 2 de maio, e hoje a gente trouxe esse vídeo para que vocês possam conhecer um pouquinho da nossa história e ver um pouquinho das nossas propriedades.

 

(Procede-se à apresentação de vídeo.)

 

A SRA. RENATA FONTOURA: Fica o convite para todos que quiserem conhecer, a gente está a 40 quilômetros do Centro de Porto Alegre, hoje o trajeto fica em torno de 1h, 1h15min. Estão todos convidados.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo; Sra. Renata Fontoura, Diretora Administrativa dos Caminhos Rurais; Sr. Nairo Guerisoli, Diretor Financeiro dos Caminhos Rurais; estamos inaugurando hoje, senhoras e senhores, um período novo no ordenamento dos trabalhos da Câmara. A partir de hoje, as quartas-feiras serão utilizadas para projetos temáticos e para debates em torno desses mesmos projetos. Então os Caminhos Rurais inauguram esse novo período, e acho que é uma coincidência muita feliz porque realmente é um tema que merece não só ser debatido como reconhecido e apoiado no seu desenvolvimento. Coincide tudo no dia de hoje, a começar pela circunstância de que o Presidente da Câmara seja o Ver. Cassio Trogildo que, no ano passado, comandou uma Comissão Especial que estudou profundamente uma aspiração antiga dos moradores, dos produtores da Zona Sul de Porto Alegre, que buscavam, não exatamente a restauração da antiga área rural de Porto Alegre, mas a fixação da nova área rural de Porto Alegre, que é o objetivo que foi alcançado. No meio dessa discussão aflorou, aqui na Casa, a perspectiva do conhecimento e reconhecimento, por parte dos Vereadores que compunham aquela Comissão, do trabalho de economia sustentável que vinha sendo desenvolvido já há algum tempo, com o apoio da Secretaria de Turismo do Município, que são os Caminhos Rurais. Hoje, a Casa tem a oportunidade de conhecer, através desse vídeo, algumas das características mais peculiares do programa, e, evidentemente, não recoloca dentro do tema. E nos faz, Ver. Tarciso, V. Exa. que tem presidido a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude desta Casa, e que tem primado a sua atuação pela presença das áreas físicas das escolas, dos centros esportivos, enfim, dos mais diversos recantos da Cidade, acho que terá, inclusive, de reintroduzir na Comissão de Cultura – e terá do Município apoio – para que nós façamos uma investida na área rural do Município, através dos Caminhos Rurais já abertos, planilhados e disponibilizados para terem utilidade. Até porque, Vereadora, as coisas se confundem nesta Casa. Eu que atuei na formação dos dois últimos Planos Diretores e nas suas revisões, num determinado momento, trabalhei junto com alguns Vereadores que ainda remanescem na Casa, na introdução da Zona de Produção Primária, que nós acreditávamos que seria o mais adequado na ocasião, e depois me sensibilizei com a constante reivindicação, revisei essa minha posição e agora, nos debates para reimplantação da área rural do Município, nós tínhamos algumas preocupações no sentido de preservar algumas situações já consolidadas e que, de certa forma, o foram, em grande parte e não no todo, então é assunto que ainda precisamos resolver.

Unir o conhecimento dos Caminhos Rurais com a conveniência de conhecê-los, de ser despertado por essa nova Porto Alegre que se estende ao longo de vários quilômetros lá na Zona Sul, é algo que eu acredito que deva ser simulado por nós Vereadores. Já estou convocando os presidentes de comissões, muito especialmente o Presidente da minha Comissão, o Ver. José Tarciso de Souza, para que nós breve, muito breve, venhamos a palmilhar essa área, esses caminhos, ter maior e melhor contato com a vida rural no Município de Porto Alegre e nos tornarmos mais um dos combatentes e guerreiros na defesa da concretização, consolidação e expansão desse belo programa.

Parabéns aos senhores, à senhora e a certeza de que a vinda de vocês aqui na Casa não é infrutífera, não plantaram em terras estéreis, pelo contrário, plantaram em terra fértil, germinará essa promoção, divulgação e, sobretudo, comprometimento com o projeto que tão arduamente os senhores e a senhora defendem. Meus cumprimentos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Registro a presença do presidente da LIESPA, amigo Juarez Gutierrez, conosco no plenário.

O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores e Vereadoras, prezada Renata e prezado Nairo, quero cumprimentá-los e o Gustavo e o Antonio Bertaco, bem como todos que estão aqui hoje para dialogarmos sobre os Caminhos Rurais, na verdade é para conversarmos sobre a Porto Alegre que todos nós queremos, uma Porto Alegre com preservação, desenvolvimento e com qualidade de vida, com segurança e um conjunto de outros fatores que trabalhamos e defendemos todo o tempo. Os Caminhos Rurais, que é uma marca da Cidade, temos a clareza e a certeza de que ainda pode ser muito mais potencializado e, para isso, há todo um programa de desenvolvimento e fomento que precisa ser cada vez mais qualificado.

Dizendo isso, agora, no mês de agosto ou setembro, nós recebemos sempre a Peça Orçamentária, e será um belo momento para que possamos fazer uma interlocução, um diálogo para verificar a maneira de potencializar esses programas e esses projetos. Eu moro no meio dos Caminhos Rurais; por opção, estou lá na zona rururbana de Porto Alegre.

Como já foi dito, fizemos todo esse debate da questão zona rural, mas, para nós, tanto sobre a zona urbana quanto da rural e rururbana, esse projeto transita, e daí eu quero fazer aqui duas ou três considerações, uma delas é sobre a preservação, os métodos e os modos produtivos. Temos a Rama, que está cada vez mais qualificada junto com os agricultores, e, neste momento, quero nos colocar à disposição de vocês, dos Caminhos Rurais, para o diálogo.

Nós apresentamos, e está tramitando na Casa, um projeto que institui em Porto Alegre o Programa Municipal de Agricultura Orgânica, porque nós acreditamos que os Caminhos Rurais estão diretamente ligados a isso, relacionados, e um dos princípios da sustentação do turismo é a preservação e o modo produtivo como sustentabilidade, ou seja, a agricultura orgânica veio para ficar.

Aqui, quando discutimos Caminhos Rurais, apresentamos uma emenda e perdemos por um voto. Ali se originou esse programa, e um dos pontos é que aqueles agricultores tradicionais precisam ter um tempo de transição. Nós estamos oferecendo que, no programa, no mínimo cinco anos a gente possa trabalhar, discutir para que haja a transição. No lado da sua casa, Gustavo, ainda há pulverizações agrícolas, que acaba passando quase por cima da sua casa. Bom, nós precisamos dialogar sobre isso para que se mude esse sistema dentro de um sistema produtivo.

Outra questão importante que eu quero falar para a base do Governo, para o Líder do Governo, é que temos trabalhado bastante, mas não temos tido sucesso em relação às nossas estradas rurais. As estradas rurais foram abandonadas no seu manejo no que diz respeito à poda de galhos, para que possam ter um bom trânsito, bem como à conservação e manutenção de uma maneira geral. Todos nós temos trabalhado, quando lá vai a patrola, dizendo: “Tem que abaular, tem que arredondar, tem que abrir as valetas, tem que fazer o escoamento”, e isso não acontece. Portanto, eu quero, junto com vocês, dizer que essa é uma dívida. O Prefeito Fortunati, por requisição nossa, mandou para a SMOV, mandou para o DMLU, mandou para a Secretaria do Meio Ambiente um esclarecimento sobre aquela falácia que existe de que não se pode podar as árvores à beira da estrada; isso não é verdadeiro, isso está definido e autorizado. E este é um dos problemas que tem nos Caminhos Rurais: a infraestrutura.

Então, quero registrar isso para que nós possamos resolver como um dos serviços para a sustentabilidade desse belo programa. Contem conosco, estamos sempre à disposição para auxiliar no conteúdo e nessas questões pontuais. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Presidente, enquanto o Dr. Thiago se encaminha para a tribuna, eu quero entregar oficialmente a proposta do Programa de Agricultura Orgânica do Município de Porto Alegre aos representantes dos Caminhos Rurais. Muito obrigado.

 

O SR. DR. THIAGO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Como médico, trabalhando há 18 anos naquela região do Extremo-Sul, a gente vivencia, a cada momento, o protagonismo que têm os Caminhos Rurais tanto naquilo que se refere ao fomento do trabalho vinculado ao turismo, ao fomento de pequenas empresas familiares que acabam fortalecendo o comércio local, como um grande indicativo para a Cidade de uma qualidade de vida existente e necessária no Município de Porto Alegre. Não é à toa, como bem mencionou o Ver. Reginaldo Pujol aqui desta tribuna, que a cidade de Porto Alegre escolheu, optou e indicou, através dos seus representantes legítimos, o conjunto dos Vereadores, o retorno da Área Rural. Área Rural tão necessária, não só como pulmão da Cidade, mas como fonte de produção dos nossos alimentos orgânicos, inclusive. Eu, até em função da mulher ter uma vinculação muito grande com a terra, ela é Engenheira Agrônoma, os meus filhos, basicamente, consomem produtos rurais oriundos da Área Rural, do Extremo-Sul de Porto Alegre, no qual os Caminhos Rurais têm papel protagonista no que se refere ao turismo.

É uma satisfação recebê-los aqui hoje, acho que precisa ser sublinha a questão da agroecologia, a questão da diversidade ecológica, a questão das criações de gado, de ovelhas e cavalos que a gente observa lá, mas, principalmente, tudo que é vinculado ao turismo, seja ecoturismo, turismo cultural ou rural. Vocês são protagonistas desse processo, e nós precisamos virar essa página e valorizar, cada vez mais, a iniciativa privada em Porto Alegre e dar condições, Ver. Clàudio Janta, dentro de um programa, dentro de uma situação programática da Prefeitura, para que os empreendedores desta Cidade possam ser protagonistas e possam alavancar a economia desta Cidade. É este o papel do Poder Público. O Poder Público não tem, no mais das vezes, que assumir o papel do empreendedorismo privado; ele tem, sim, que potencializar essas ações. E vocês são um case, são o exemplo disso e do que deve ser feito na cidade de Porto Alegre. Então, através dos Caminhos Rurais, através de um pensamento diferente de turismo ecológico, de turismo rural realmente dar condições para que os empreendedores familiares, reunidos em grupo através dos Caminhos Rurais, possam, sem dúvida nenhuma, projetar cada vez mais a Zona Sul de Porto Alegre e a cidade de Porto Alegre para o Rio Grande do Sul, para o Brasil inteiro poder gerar recursos e rendas que venham para esta região e também poder exportar isso para toda a América Latina.

Como médico, como trabalhador daquela região, contem com nossa solidariedade, com o nosso apoio e com o nosso trabalho nesta Casa Legislativa. Parabéns pelo empreendedorismo de vocês, parabéns pelo protagonismo de vocês, parabéns pelo trabalho de vocês em prol de Porto Alegre e da Região Sul da Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras e senhores, meus caros Renata e Nairo, falar dos Caminhos Rurais é sempre um encantamento, porque ainda nesse último sábado eu acompanhei uma delegação de dois Municípios do Vale do Taquari, Sério e Progresso, em três propriedades dos nossos Caminhos Rurais na Zona Sul de Porto Alegre. É sempre um drama para saber em que locais a gente leva as pessoas. Dessa vez não foi na propriedade de vocês, mas eu conheço a maioria delas em Porto Alegre; tive o prazer, quando Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio 2003/2004 nós termos iniciado um programa de discussão sobre agricultura orgânica e as propriedades rurais da Zona Sul de Porto Alegre. O início dos debates sobre essa proposição veio a se consolidar a partir de 2007, hoje é um sucesso e precisa de uma coisa, na minha opinião - até queria ouvi-los depois, na resposta: maior divulgação. Eu sinto que nós, porto-alegrenses, as pessoas que vivem aqui pouco conhecem da Zona Sul, inclusive as pessoas ficam maravilhadas quando circulam por esta região, sendo que levo muitas pessoas até o morro da Glória, em uma igreja local - as pessoas imaginam que vão conhecer alguma propriedade no Lami, Zona Sul, que poucos conhecem. É preciso que juntos possamos fazer a mais ampla divulgação dos caminhos rurais, porque a subsistência, a sobrevivência da agricultura familiar, do turismo rural ecológico, enfim, desse tipo de empreendimento, se dá na medida em que haja pessoas que vão usufruir desses espaços. Não é muito fácil, porque tenho experiência de que hoje, tanto na Cidade, Porto Alegre, como em qualquer lugar do Rio Grande do Sul, se você pensa em produzir hortifrutigranjeiros, não vai encontrar mão de obra, e nem falo de mão de obra qualificada! Então esse é um problema. As pessoas pensam que para trabalhar nesse tipo de atividade tem que ir muito mais pelo coração, porque às vezes é uma produção tão simples que não usa nenhum defensivo, nenhum veneno, muito mais primitiva; só que exatamente por isso, é preciso ter o conhecimento que as pessoas às vezes não têm; só o tem aquele que tem uma tradição de longos anos na família, produzindo sem usar qualquer veneno, qualquer outro tipo de produto químico na lavoura; portanto, é preciso ter esse tipo de conhecimento. E nós temos hoje essa dificuldade de termos pessoas que possam ajudar.

Ainda acho que o grande problema vivenciado em Porto Alegre, tanto na Linha Turismo - Zona Sul... As pessoas me perguntam: tem um ônibus no Centro, não tem? Não, mas também tem um que vai até a Zona Sul, até a Vila Nova, pelo menos. Caminhos rurais: as pessoas pouco conhecem. Precisamos divulgar mais e mais. Pelo pouco que posso fazer, quero me colocar à disposição, Renata, Nairo, todos aqui que trabalham com os caminhos rurais. Estou vendo aqui nossos grandes velhos parceiros dessas nossas grandes batalhas e fico muito feliz de ter várias pessoas aqui que labutam na área rural de Porto Alegre. Contem com nosso trabalho, nossa dedicação, nosso carinho e, principalmente com nossa afetividade com a Cidade, com a Zona Rural, com o turismo rural, com os Caminhos Rurais. Muito obrigado, foi um grande prazer poder estar aqui e falar isso para vocês. E quero dizer: contém comigo, porque eu sou daqueles que dizem e fazem. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; saúdo a Sra. Diretora Administrativa Renata Fontoura, dos Caminhos Rurais; o Diretor Financeiro Nairo Guerisoli; não poderia deixar de me manifestar sobre o turismo nos Caminhos Rurais, que tem em outros Estados é de outra forma. Foi um projeto que considero bem sucedido pelos elogios que recebemos das pessoas que fazem esse roteiro. Eu tenho frequentado muito por ter amigos na região. E o que a Câmara tem feito após a implantação desse projeto? Fez o sistema de gestão política de desenvolvimento rural com projeto aprovado aqui, nesta Casa, por todos os Vereadores, recuperando a Zona Rural no Município de Porto Alegre. Com isso, há outras consequências favoráveis, até financiamentos, para essa área.

Mas eu quero falar aqui também sobre outra preocupação: quando se vai fazer um turismo no País ou fora do País, para quem gosta de animais, a primeira visão que se direciona, que se foca é ver os cuidados com animais, animais domésticos de pequeno e de grande porte. E essa preocupação deve ser incluída no roteiro. Nós já tentamos fazer um projeto, junto com a SMIC, há uns quatro anos, para propiciar o controle populacional, ou seja, a esterilização gratuita para não ter a procriação de animais nas zonas rurais, nos sítios, nas fazendolas. E não conseguimos fazer porque realmente era difícil, pois tínhamos que resgatar o animal, levar para um local, depois, retorná-lo após a recuperação. Mas fica esta observação: no turismo temos um movimento muito forte nacional e internacional e, quando acontece um descaso ou maus-tratos com os animais, é usual ver nas redes sociais que as pessoas que estão inseridas nesse contexto pró-animal recomendam não retornar mais àquele país onde ocorreu algum caso grave ou o descuido com os animais – essa observação fica. Hoje nós temos uma Secretaria Municipal dos Direitos Animais para incluir projetos internos em benefício dos animais. Quem tem uma pequena propriedade sabe que não vai despender recursos para pagar um veterinário que não seja de baixo custo – e fica difícil achar veterinários de baixo custo para o Extremo-Sul.

Também quero destacar a sustentabilidade. Falamos muito em Caminhos Rurais, o turismo é muito importante, e este projeto atrairá mais o turista, aquele que faz da Capital uma passagem, aquele que gosta de natureza, que gosta de ver como funciona a agricultura. É um projeto que deve ser valorizado e incentivado.

 

O Sr. Dr. Goulart: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Querida Ver.ª Lourdes, primeiro, eu quero cumprimentá-la pelo belo trabalho que vem fazendo como Presidente da COSMAM, que trata da saúde dos homens e da saúde da Terra, que é o meio ambiente. E, ao mesmo tempo, quero lembrar da importância da SMIC, no período em que estivemos lá, na conquista do nome rural e retirando o nome urbano daquela região para que não houvesse construções lá. Então eu acho importante cumprimentar o Governo por isso, e principalmente a nossa SMIC que lutou bravamente para manter a Zona Rural, portanto os Caminhos Rurais.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Muito obrigada, nosso Vice-Presidente da COSMAM, Dr. Goulart.

 

O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu, que vim da Zona Rural, da minha cidade em Minas Gerais; que já tive chácara ali no Lami, como é gostoso, como é lindo viver com a natureza. Então, tudo aquilo que o nosso Vive-Presidente da Comissão, Reginaldo Pujol, disse, eu assino embaixo. Contem com este Vereador para mais divulgação. Eu estarei expressamente, com muito orgulho, com muito carinho, ajudando na divulgação, porque esse é o mundo que a gente sonha, o mundo para os nossos filhos, para os nossos netos. Obrigado.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Obrigada, Vereador. Então, se fala muito em sustentabilidade, e, realmente, o Extremo-Sul é cobiçado, e acho que a preservação deve ser bem cuidada, porque sabemos que a sustentabilidade é formada por três pilares prioritários, ambiental, social e econômico. Temos que preservar o meio ambiente e enfrentar o desafio dessa preservação, conjugando os interesses com a responsabilidade do crescimento econômico. Sabemos que essa região tem sido bem cobiçada, com grandes condomínios, e, muitas vezes, deixar uma parte que seja para preservação natural gera a discussão com ambientalistas de que os animais que estão nessa área não estão totalmente preservados, porque eles vão ter contato com humanos, então, eles vão deixar de ser animais silvestres, passando a ser domesticados. Portanto é essa a chamada que nós queríamos fazer pela preservação, pela manutenção, porque isso certamente vai alavancar mais recursos econômicos para uma área tão linda como o Extremo-Sul, que, em 15 minutos, podemos sair da Zona Sul e circular com o privilégio de ter esse projeto Caminhos Rurais de Porto Alegre. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra em Comunicações.

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo, cumprimentando V. Exa. estendo aos demais colegas Vereadores e Vereadoras. Quero cumprimentar a Sra. Renata Fontoura, Diretora Administrativa dos Caminhos Rurais; e o Sr. Nairo Guerisoli, Diretor Financeiro dos Caminhos Rurais. Permitam-me também cumprimentar a Sra. Mirela Kruel e o Sr. Antonio Raimundo, profissionais da área de produção, comunicação de arte, da Ray Produtora, que, ao final, faço considerações a respeito do trabalho aqui apresentado e que, sem dúvida nenhuma, nos traz, além das intervenções tanto da Renata quanto do Nairo, fundamentos para a intervenção em nome da nossa bancada. Eu sou Líder da bancada do PCdoB e venho a esta tribuna em função da concepção que temos em relação ao que vimos aqui, ao que está relatado e ao que ajudamos também, como Câmara Municipal, a construir, mas também em função de uma profissional de saúde. Eu sou farmacêutica, profissional de saúde, e com uma visão estratégica sob o ponto de vista do significado, por exemplo, das plantas medicinais. E queria dizer, antes de mais nada, que tanto na apresentação dos Caminhos Rurais e nessa associação, eu vejo a perspectiva de uma integração da natureza de vivências. Gostei muito quando vi no vídeo aquele senhor que recebe as crianças e gosta de mostrar a elas o significado da nossa natureza. Então, a natureza, as vivências, a essência dos trabalhos que vocês realizam, a cultura que está ali explicitada, a preservação ambiental, o empreendedorismo e a própria questão do turismo rural. E me chamou muito a atenção, acho que temos que aproveitar a tribuna da Câmara em um momento como esse para dizer à população de Porto Alegre: é o turismo rural em plena Capital do Estado do Rio Grande do Sul.

Aqui, quero fazer uma relação, porque fui membro da Comissão da Zona Rural, que foi presidida pelo Ver. Cassio Trogildo e teve como relator o Ver. Comassetto, que trouxe alguns elementos aqui. E aquela comissão, Ver. Cassio, foi um aprendizado por um lado e, por outro, veio a reforçar convicções do significado da nossa Zona Rural. Foi um trabalho muito importante que a visibilidade que vocês dão reafirma o trabalho importante da Comissão que a Câmara Municipal fez. Por que eu digo em plena Capital do Rio Grande do Sul? Isso aqui é a nossa cultura, é a nossa história do povo do Rio Grande do Sul, do povo gaúcho. Isso aqui é a riqueza da nossa biodiversidade e da nossa diversidade humana e cultural. Eu estava pensando: quanto dali tem das mãos do coração, da mente, do trabalho e das mãos dos primeiros que aqui chegaram, os guaranis? Quanto ali tem das etnias como os casais portugueses, como os casais de açorianos e de outras etnias europeias que vieram para o nosso Estado contribuir para a pujança do Rio Grande do Sul, para o desenvolvimento, enfim? Quanto dali tem dos negros que foram escravizados? Então, eu enxergo ali exatamente a diversidade humana e cultural do significado do Estado do Rio Grande do Sul. Quero dizer também a vocês que, desde 1992, a gente vem, como farmacêutica... Quando eu fui Deputada pela primeira vez, trabalhamos e conseguimos ajudar a fazer o projeto nacional, estadual, e agora tem o projeto municipal pelo qual dá para fazer - tem que fazer - a integração com o Estado e Município. E aí, ao olhar tudo, ao ouvir vocês, que a política municipal, junto com a estadual e a nacional, de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e de fitoterápicos. É um fator estratégico para o nosso desenvolvimento econômico, político, social, é um fator estratégico para a nossa saúde, para a preservação da biodiversidade, para desenvolvimento do conhecimento e a integração dos conhecimentos. Ali tem muito conhecimento tradicional, também a ciência e tecnologia, que não são antagônicos. A tradição do conhecimento ali exposta com o aporte da ciência e tecnologia são elementos estratégicos para o desenvolvimento. E ali também tem a preservação da nossa biodiversidade. Quero parabenizá-los vocês pelo trabalho, pela integração. Quero também parabenizar a produtora, porque o vídeo reflete a qualidade e o significado dos caminhos rurais. A imagem é muito importante sob todos os aspectos, inclusive sob o ponto de vista do aspecto econômico e cultural.

Finalizo, então, dizendo que o conhecer a natureza é fator de preservação da natureza. E o homem não é um ser aparte. O ser humano não é um ser aparte da natureza, tentam nos apartar mas nós não podemos deixar que isso aconteça, porque quem conhece ama, quem ama cuida, e quem cuida preserva. Então, nessa concepção, nessa lógica, inclusive como profissional farmacêutica... Porque isso é saúde. É saúde biológica, cultural, espiritual da humanidade. O que vocês apresentam hoje aqui, Porto Alegre, o Rio Grande, o Brasil e o mundo têm que saber melhor. Acho que esta Câmara Municipal tem que se colocar à disposição para que isso ocorra, porque é fator de trabalho, é fator de preservação, de conhecimento e desenvolvimento. Que a gente sempre possa estar atenta ao que ocorre na preservação da natureza, porque ou ela nos cobra ou nos é dádiva sempre. Eu creio que nós queremos que ela seja sempre dádiva, que não nos cobre por usá-la de forma indevida. Parabéns.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente Cassio Trogildo, em primeiro lugar eu preciso pedir desculpas à Diretora Administrativa dos Caminhos Rurais, Sra. Renata Fontoura, ao Diretor Financeiro, Nairo Guerisoli, e aos produtores e produtoras que aqui estão, porque a gente está aqui num movimento - que acabou coincidindo - de construção coletiva de um projeto de lei, tombamento do Cais Mauá, do A-7, o último dos pavilhões, do conjunto harmonioso que compõe o Cais Mauá, conversando com os Vereadores e com o Movimento, e não é por desrespeito, muito menos por não dar importância à Zona Rural. Nós, inclusive, entendemos toda a luta de vocês pela preservação do patrimônio ambiental, cultural, da vocação da nossa Zona Sul e Rural, da valorização dela, para que a especulação imobiliária, para que os assaltos, roubos, ocupações irregulares não tomem conta - porque eu sei que também são uma preocupação -, e para que o turismo, de fato, assuma esse espaço, essa área, essa peculiaridade da nossa Cidade como um fator fundamental de desenvolvimento e de inserção no mundo. Queremos que Porto Alegre pare de ser só passagem para Gramado e Canela e que descubram a beleza, a harmonia, as possibilidades de vivência da atividade rural que vocês bravamente mantém e que tem a característica familiar, com a criação animal, os haras, a criação de cavalos, cavalos de raça, de tantas inovações na área da agricultura orgânica, sem agrotóxicos e que nós vemos representada nas feiras, mas que ainda precisam de muito apoio e implemento. Nós que somos muito urbanos na nossa Cidade temos ainda o privilégio de ter uma área de produção rural que agora tem recolocado a própria Zona Rural. Mas nós sabemos que ainda é muito pouco diante das demandas dos produtores, das chácaras, de quem investe naquele espaço e naquela característica. Queremos fazer a vinculação, Jaqueline, Movimento Cais Mauá de Todos e Todas, que é da mesma temática que nós estamos tratando, que é da preservação da história, da ambiência, da paisagem da nossa Cidade, da nossa identidade, da nossa ancestralidade, da nossa cultura - que é peculiar, que é maravilhosa e que ensina para o Estado do Rio Grande do Sul inteiro. Se a nossa Capital for exemplar na valorização da sua zona rural, ela faz escola, faz história.

Um dos elementos que eu queria colocar como um desafio aqui, cada um dos Vereadores tem alguma iniciativa nesse sentido, nós estamos colocando para ter, pela primeira vez, no Largo Glênio Peres, a Feira da Agricultura Familiar. Eu entrei com um projeto de lei, a partir da iniciativa das entidades, e eu espero que a gente construa junto para que vocês possam estar no Largo Glênio Peres mostrando o que é a produção rural, divulgando os Caminhos Rurais. Vamos fazer coletivamente uma emenda especificamente para que haja uma ala, um setor só dos Caminhos Rurais e da sua produção.

Aqui já foi falado, mas há muita necessidade de serviços melhor realizados naquela região. Friso com relação ao cuidado com as estradas, as podas, o lixo, os entulhos, um trabalho educacional, ambiental que faça a diferença, que faça com que quem vá lá visitar se encante pela ambiência também, só ao transitar de uma chácara para outra.

Acho que são grandes desafios, quero parabenizá-los pela militância, por estarem nesta Casa, mais uma vez, e que esta Casa possa ter um olhar mais cuidadoso. Vou sugerir às comissões que voltem aos Caminhos Rurais, como já fizemos, há alguns anos, na Comissão de Educação e Cultura. Acho que este parlamento não pode ficar distante daquele espaço especial.

Cumprimento e recebo com muito carinho os alunos e professores do Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos que esta entrando aqui. Se o pessoal das chácaras tiver o material da zona rural, que distribua para que escola já possa levar informações de que temos um lugar maravilhoso nesta Cidade tão pouco conhecido, isso tem que entrar mais no roteiro das escolas. Sei que a Escola Municipal cidadã tem compromisso com o conhecer a cidade, com o estar na cidade, com direito à cidade também dentro do processo educacional. Parabéns! Contem conosco para o fortalecimento dos Caminhos Rurais.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.

 O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde, Presidente Cassio Trogildo; Sra. Renata Fontoura, Diretora Administrativa; Sr. Nairo Guerisoli, Diretor Financeiro dos Caminhos Rurais, e também ao público. Colegas Vereadoras e Vereadores, público que nos assiste aqui no plenário e que representa este tema tão importante para a nossa cidade, que são os Caminhos Rurais. É fundamental trazer esse tema para dentro da Câmara Municipal sempre, e não é a primeira vez que vocês vêm aqui, para reforçar, fortalecer e inclusive divulgar o trabalho na cidade de Porto Alegre. Eu sei que vocês já fazem um trabalho todo específico nesse sentido. Eu tive a honra, por um período de alguns anos, de estar na Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Sul, e uma das coisas que a gente discutia lá de uma maneira geral é que Porto Alegre é conhecida por ter muito turismo empresarial, um turismo de passagem. E eu, como estudante de história, às vezes somos confundidos, na verdade, desde o período em que eu fazia faculdade, com meus 19, 18 anos, por acreditar que aquilo que é mais originário tenha que ser mantido. Muitas vezes isso é visto por muitas pessoas como um contradesenvolvimento, como um atraso, como se quiséssemos preservar acima do desenvolvimento, E, na verdade, ninguém aqui está defendendo o período das cabanas, nem a pobreza, nem a miséria e nem a falta de desenvolvimento, mas um desenvolvimento efetivamente inteligente, que se mantenha e preserve. E eu acho que nós temos que ter, enquanto Capital, muito orgulho de ser a segunda Capital no Brasil com território de preservação rural. Eu não tenho dúvida nenhuma do papel de vocês nesse sentido. Porque, infelizmente, a sociedade, os interesses, principalmente daqueles que tem mais acesso ao dinheiro, ao poder, à estrutura, nadam na contramaré disso aí. Eu tive a sorte de, no início da campanha eleitoral passada, por algo absolutamente inusitado, ir fazer uma caminhada, pois eu conhecia um rapaz lá dos “Caminhos Rurais” e ele me levou em várias propriedades. Eu sou um cara que, por gostar muito dos animais, por gostar muito da natureza, procuro andar bastante dentro de Porto Alegre. É muito bom ver lá pousadas, casas, entre outras coisas e eu estava listando ecoturismo, turismo cultural, intercâmbio de diversas temáticas, enfim, produção de vinho, frutas, agricultura, agropecuária, trilhas, as plantas ornamentais, as comidas caseiras. É algo que acho que ainda não conseguiu ser divulgado e ser tomado da forma que deve ser tomado. Por exemplo: Gramado e Canela, e é uma opinião pessoal, foram cidades absolutamente inventadas para o turismo, de forma comercial, quase um shopping center, hoje dá um dinheiro enorme para aqueles municípios, algo que foi investido há 40, 50 anos. Se fores ver não tem nada de mais belo do que muita coisa que temos aqui, só que tem gente do Brasil todo, do mundo todo que vai a Gramado e a Canela achando que estão conhecendo o supra-sumo do turismo, do que há de melhor. Na verdade, com todo o respeito a quem é de lá, foi um investimento feito direcionado, só que Porto Alegre não fez isso da mesma maneira, assim como outros municípios. Então acho fundamental que vocês estejam aqui e que a gente esteja discutindo esse tema. Estava vendo aqui que foi em 1990 que vocês começaram a se organizar como “caminhos rurais”. Levou até 2005 para a secretaria reconhecer vocês como algo que poderia ter efetivamente algum tipo de fundamento e são 30% do nosso território. Para finalizar eu queria só sensibilizar com relação a um filme que está passando agora na Internet, para quem tem rede social, de um menino chamado Harrymar que em Whashington foi exposto a uma situação sobre o que está acontecendo com a natureza. Podem procurar esse vídeo que está sendo viralizado na Internet. Ele chora incondicionalmente ao se dar conta do que nós, enquanto espécie humana, fizemos com a natureza, com o mundo em que ele vive. Como é triste para uma criança perceber a realidade que está aqui. Então, quando a gente vê pessoas que batalham contra essa maré, tem que ser muito saudado. Parabéns ao trabalho de vocês. Que os Caminhos Rurais, daqui a cem anos, mantenha esse 30%.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sra. Renata Fontoura, diretora administrativa dos Caminhos Rurais e Sr. Nairo, diretor financeiro dos Caminhos Rurais, a nossa Cidade, dentre as capitais da Região Sul e Sudeste, tem uma peculiaridade, pois é a única Capital onde a gente anda e vê o que as pessoas saem das grandes cidades para procurar: o descanso, o conforto, a calma do campo. Em nossa Cidade a gente tem isso a 20 quilômetros; a 20 quilômetros do Centro de Porto Alegre, do movimento de Porto Alegre, temos isso, e pode-se dizer, dentro da Cidade. Acho que nossa Cidade tem que dar as condições para as pessoas que valorizam, para as pessoas que continuam no campo, que preservam essa tradição do nosso Estado. Acho que esta Casa, quando sabiamente devolveu a Zona Rural desta Cidade, fez um reconhecimento dessas pessoas. Nasci numa região de Porto Alegre que era rural e que hoje é completamente urbana, o Partenon, a Vila São José; fui morar em outra região que tinha haras, que tinha fazenda, que era o Morro Santana, e hoje não tem mais nada. Lembro que há pouco tempo, há uma década, andando pela Av. Sertório, a gente via fazendas ali, produção de gado, de leite, e hoje não se vê mais nada. Então, acho que essa região, a área rural de Porto Alegre; os Caminhos Rurais de Porto Alegre, que hoje se concentram quase todos na Região Sul de Porto Alegre, ela tem que ser preservada e, principalmente, cuidada. Ter um selo, uma propaganda maciça disso. Não pode, nós vermos chegar equipes de televisão para fazer novelas e filmes e irem tão longe fazer isso, tendo a paisagem disponível aqui no lago Guaíba; de grandes estâncias, grandes fazendas dentro de Porto Alegre. Com a facilidade de ter restaurante, de ter tudo, a área rural de Porto Alegre, como já disse aqui, a 20 minutos do Centro de Porto Alegre. Eu acho que é uma oportunidade impar que a nossa Capital de todos os gaúchos dar a cultura, dar o entretenimento e dar, principalmente, ao Brasil, para fazer seus filmes, para fazer suas novelas, suas minisséries, que tanto fazem sucesso. As melhores minisséries da TV brasileira usam como fundo os personagens da nossa História, do Rio Grande do Sul. Nós temos como fundo para oferecer para isso a nossa Cidade, os nossos Caminhos Rurais da Cidade de Porto Alegre, que vem avançando com suas marcas, com os produtos que tanto tem. Então, quero dizer que a nossa Bancada está à disposição, o nosso Partido, para ajudar a construir o que for preciso e necessário para que avancem mais os produtos aqui produzidos, para que tenham a sua marca, o seu reconhecimento, não somente através de feiras, mas de marcas fortes, que produzam, que as pessoas cheguem não somente no aeroporto ou rodoviária, mas que se cheguem nas prateleiras dos supermercados, nas gôndolas dos supermercados, não só aqui de Porto Alegre, mas nos grandes e centros encontrem os Caminhos Rurais de Porto Alegre, como marca da nossa Cidade, como exemplo da nossa Cidade, que não seja somente a marca da Usina do Gasômetro, do Mercado Público, da Rua da Praia, mas que os Caminhos Rurais se transformem...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Vereador. Gostaria de saudar, aqui, meu amigo, o Dr. Leonel, presente na plateia, grande militante das causas do meio ambiente e meu colega de faculdade; seja bem-vindo, meu amigo.

Também, nós temos uma visita orientada do Memorial, do nosso querido amigo e funcionário Jorge Barcellos. Estão presentes aqui, no plenário, 18 alunos da Escola Paulo Freire, bem como as professoras responsáveis Andréia, Cristina e Maria Cristina. (Palmas.)

O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Colegas Vereadores, eu sou, talvez como tantos de nós aqui, filho do Interior acolhido pela nossa Cidade. Sou um pouco campesino também, porque eu sou de Bagé, e lá vivi até os meus 14 anos, entre Bagé e Quarai, naquela nossa região da fronteira. Tive a felicidade e aventura de ter vindo para cá, depois da minha formação, de trabalhar no setor empresarial industrial, do envolvimento na política, e me eleger Vereador. E aí acabo, por essas circunstâncias da vida, tendo sido Secretário da Indústria e Comércio. Lá chegando, eu encontrei esta figura maravilhosa, que se chama Antonio Bertaco e tive a sorte de suceder o Ver. Idenir Cecchim. E demos continuidade a uma série de conquistas que eu gostaria de relatar aqui. Eu quero lembrar, em primeiro lugar, que, em 1991, infelizmente, nós extinguimos a área rural de Porto Alegre e criamos o conceito de zona rururbana, o que foi um equívoco do Plano Diretor. E eu tive a felicidade de, no ano passado, como Secretário de Urbanismo, que era o antigo Planejamento, liderar o restabelecimento - com a ajuda e a participação fundamentais, aqui, da Câmara de Vereadores e do Antonio Bertaco -, a reconstituição da Zona Rural de Porto Alegre. É uma alteração do nosso Plano Diretor, que transformou em regime rarefeito a ocupação daquela região e que garante a permanência daquela região e o pulmão verde desta Cidade. Mas antes disso, o que eu considero dos nossos Governos, do Governo do Prefeito José Fogaça, do Prefeito José Fortunati, da nossa aliança - PMDB, PDT, PTB, PP e demais partidos que nos apoiam nesse projeto -, uma conquista histórica: Porto Alegre, não sei se todos sabem, tem a segunda maior área rural do nosso País – perde, somente, para Palmas, no Tocantins. Mesmo sendo a segunda maior, tem a maior produção primária e o maior rebanho urbano do Brasil. Quando eu fui Secretário da SMIC, junto com o Bertaco e com o apoio do Sindicato Rural, do Cleber, nós promovemos uma série de ações, dentre elas, demos continuidade ao programa da piscicultura, que o Ver. Cecchim já tinha iniciado, com aluguel de retroescavadeiras, com distribuição de alevinos e com algo fantástico e que poucas pessoas sabem – e quero mandar um abraço ao nosso amigo Beto Superti –, nós fizemos o ciclo completo: fizemos os açudes, distribuímos os alevinos, fizemos um centro de beneficiamento do pescado e colocamos esse pescado nas escolas da rede municipal como parte da merenda das crianças de Porto Alegre, como bolinho de peixe. Foi um trabalho nosso, eu tenho muito orgulho, Bertaco, de, junto contigo e com a nossa equipe, ter feito isso. Nós fizemos a normatização dos alimentos de origem vegetal e animal - o SIM Vegetal e o SIM Animal -, juntamente com a Dra. Cláudia, que trouxemos, na minha gestão, junto com o Bertaco, para a Secretaria, ela veio da Vigilância Sanitária para fazer essa normatização e para ajudar os pequenos produtores que tinham que ir à Brasília para fazer o SIF; a partir de então, puderam fazer aqui e vender seus produtos. Fizemos a normatização dos alimentos orgânicos, nas feiras, o que antes não tinha, então a pessoa não sabia se de fato era ou não orgânico, e nós normatizamos essa questão. Fizemos a vacinação de todo o rebanho de Porto Alegre e, ao mesmo tempo em que fizemos isso, fizemos o censo desse rebanho, Ver. Delegado Cleiton, e descobrimos que temos em torno de 25 mil cabeças – entre bovinos, equinos, suínos e uma parte pequena, mas também importante, de ovinos – na produção aqui da Cidade. Há produção na agricultura, fruticultura e floricultura, que resiste ainda na Vila Nova, e eu quero mandar um abraço às famílias Piber, Bettiol e Passuelo, que lá estão, arraigadas, dando continuidade a essa produção, e a nossa tarefa. É nossa tarefa estimular essa produção, valorizando as feiras de rua aqui na Cidade, e nós temos os Caminhos Rurais, que na verdade se somam a todo esse projeto. Quero cumprimentar o Gustavo, que é lá do nosso Belém Novo, nosso companheiro de caminhada e de luta; meu caro Diego, que trabalha numa questão importante também, que é a habitação, que, às vezes, está em conflito com isso, mas que não deve estar, nós precisamos conciliar a habitação e a necessidade...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: ...da habitação, que é uma necessidade social importante com essa da produção primária, da sustentabilidade, da ecologia, da agroecologia. Então eu quero dizer que, como corolário de tudo isso, como coroa de tudo isso, como, quem sabe, a cereja de um grande bolo, nós fizemos a sanção, lá numa das propriedades dos nossos Caminhos Rurais, da lei que recriou a zona rural de Porto Alegre.

Então tem havido grandes avanços, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, e eu me considero humildemente um partícipe, um protagonista desse processo e tenho muito orgulho de ter participado de cada uma dessas ações referidas, junto com o Bertaco, com a Cláudia, com o Rudinei, com o Cecchim; depois com o nosso Ver. Dr. Goulart, que também fez um trabalho importante, quer dizer, todos nós, liderados pelos nossos prefeitos, com a nossa visão empreendedora em favor do médio, do pequeno, do grande, sem ranço, sem preconceito, avançamos muito e temos conquistas históricas e importantíssimas para celebrar com todos vocês. Parabéns, sucesso, vida longa aos Caminhos Rurais e muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Saudações ao amigo Bertaco, grande militante, e aos demais militantes da Zona Rural.

A Sra. Renata Fontoura está com a palavra para suas considerações finais.

 

A SRA. RENATA FONTOURA: Eu quero agradecer a fala de todos os Vereadores e dizer que eu tenho a memória boa e que vou aparecer para conversar com vocês. Nós temos realmente muitas demandas, precisamos conversar. Acho que precisamos alinhar algumas conversas e algumas diretrizes. Precisamos do apoio de vocês e tenho certeza de que vamos ser bem-acolhidos aqui nesta Casa.

Quero agradecer ao Sr. Gustavo, que é o novo integrante dos Caminhos Rurais, desde segunda-feira, faz pouquinho tempo que ele faz parte do nosso grupo, e fazer um agradecimento especial à Ray Produtora, porque foi através da Ray que nós viemos parar aqui, pela divulgação do vídeo no Facebook deles – o Ver. Dr. Thiago viu o vídeo –, assim surgiu esta oportunidade. Eu vou disponibilizar o vídeo para os Vereadores; se vocês puderem nos auxiliar nessa divulgação, seria muito importante para nós. Realmente, nós necessitamos de uma divulgação maior, e a gente está aqui para o que der e vier, em prol da Zona Rural, que, para nós, é muito importante, é onde a gente vive. Nós temos muita vontade de preservar. É muito importante voltar a ser Zona Rural e estarmos aqui divulgando os caminhos rurais de Porto Alegre. Nós vamos contar com o apoio de todos vocês. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado. O Sr. Nairo Guerisoli está com a palavra para suas considerações finais.

 

O SR. NAIRO GUERISOLI: Os agradecimentos foram feitos pela Renata. Eu quero citar algumas situações que a gente vive lá que são muito gratificantes. Primeiro, vocês podem perceber o nosso orgulho por sermos participantes dos caminhos rurais. Nós, nessa jornada, fazemos visitas técnicas a outros roteiros. Fomos a Garibaldi, a Bento Gonçalves, a Arroio do Meio, sempre divulgando; também fizemos uma participação com a Rota das Especiarias de Viamão, citando o nosso êxito na condução da Associação Porto Alegre Rural. Isso sempre nos traz muito orgulho! Aquele orgulho que vocês veem quando fazem esses roteiros turísticos no interior, dessas colônias e das famílias, que têm aquele orgulho enorme e transmitem para as pessoas, para os turistas, esse mesmo orgulho nós temos pelas nossas propriedades. Eu tive a oportunidade, numa ocasião, com a condução do Ver. João Derly, numa Comissão, de dizer que nós não somos ignorantes, estamos lutando pelo retorno da Zona Rural sabendo que, com isso, as nossas propriedades ficam desvalorizadas. É diferente ter uma área urbana, podendo lotear em terrenos pequenos, e ter uma área rural, e nós lutávamos por isso. É um contrassenso, aparentemente, mas nós, que temos filhos, temos netos, sabemos o que representa para a sociedade esse pulmão verde, sabemos o que representa um trabalho de agroecologia, sabemos tudo isso; por isso, mesmo assim, enfrentamos e vamos.

Agora, nós precisamos de alguns apoios no sentido de que tivesse um canal, sei que isso seria direto com a Prefeitura, mas para se chegar lá é por esta Casa, por uma lei. Nós precisaríamos de uma subprefeitura, um canal que nos permita ter um contato direto com a Casa do Povo.

Anteontem tivemos uma reunião da associação e uma das participantes estava relatando que uma chácara grande perto dela está em vias de ser loteada com terreninhos de 10X15. Isso significa uma vila junto a uma grande propriedade ecológica, com todas as suas consequências. A quem ela se dirige? Isso deveria ser uma coisa simples para nós. Centralizar nos senhores, ou uma pessoa que a Prefeitura indicaria para termos esse contato. Ações como essa não precisam de dinheiro. Eu tenho uma reclamação cadastrada na Prefeitura há 50 dias. Na entrada da minha estrada, a Estrada da Taquara esquina com a Edgar Pires de Castro, tem um brique na rua, ele toma conta de todo o acostamento e um caminhão estaciona no asfalto para fazer a carga dos eletrodomésticos, refrigerador, coisas grandes. A primeira impressão do turista, quando entra nos Caminhos Rurais, é aquele brique a céu aberto. Então precisamos de apoios como esse e outros já falados como podas e melhoramentos nas estradas, etc. Vemos que têm estradas que precisam ser asfaltadas para serem desvinculadas do trânsito que vai para a Zona Sul, por exemplo, vai de Viamão ao Centro de Porto Alegre e volta. Podia ser a Estrada São Caetano que é a própria 118, a Estrada da Taquara que é para o escoamento da produção. Isso tudo está em aberto. Precisamos dessa ajuda macro. E muitas delas não demandam dinheiro. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado. Agradecemos a Sra. Renata Fontoura, Diretora Administrativa dos Caminhos Rurais e também o amigo Nairo Guerisoli, Diretor Financeiro. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h45min.)

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton – às 15h46min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde a todos, quero fazer uma saudação especial ao Ver. Cecchim e ao Ver. Prof. Alex, em especial ao pessoal da TV Câmara e ao público que nos assiste. Eu não teria como não me manifestar, como uma moção, ou uma forma de repúdio ao que aconteceu com o gorila Harambe. Acho que foi acompanhado por todos, pela mídia e pela imprensa, e que lamentavelmente, coincidiu com o que eu falava na semana passada com relação à palhaçada dos zoológicos e do que a sociedade faz, se achando a ponta da pirâmide com relação aos animais. Eu, particularmente, tenho procurado estudar e me aprofundar nesse tema no último período, porque não sou um cara que começou nisso com 15 anos, cada dia mais me convenço da falta de sentido em vários aspectos. A gente discutir isso, Alex, na verdade, discutir a questão dos animais, ontem falava com um amigo, nada mais é do que discutir a intolerância que há hoje na sociedade, as pessoas não se toleram entre si, entre opiniões. Eu aposto que tu, como um cara com posições política claras, ideológicas, sofre consequências por isso, pessoas que te odeiam e te odeiam num nível muito acima do que deveria ser saudável, razoável, simples e puramente por pensares ou por acreditares ou por achares determinada coisa uma opinião legitima. Pois bem, os animais são a prova mais evidente disso, e eu não teria como não falar do que aconteceu com esse gorila, que, além de estar numa condição, desde filhote, de exploração absoluta, um gorila que está em extinção, ou seja, abateram, mataram, um assassinato de um animal em extinção simples e puramente porque naquela condição ali, com a criança, que todos viram e em nenhum momento apresentou risco de vida para a criança. Lamentavelmente, o que é comprovado, e foi falado, que os anestésicos demorariam a fazer efeito. O que não é uma verdade porque a gente vê, muitas vezes, e tu como professor de biologia sabe, dependendo da quantidade de remédio, de anestésico que se dá, o bicho já se agacha, independente da estrutura dele, apesar de levar uma fração de segundos, a quantidade que se dá de anestésico, com certeza, ele dormiria, apagaria e não faria nenhum mal. Em nenhum momento ele demonstrou, como a gente vê em vários vídeos na Internet, animais que teoricamente são agressivos, um tipo de agressividade. Os pandas, ursos, tigres, tem gente que convive com tigres. Os animais bem alimentados nunca são agressivos, a natureza dos animais não é essa. Quero aqui deixar a minha moção de repúdio, dizer que acredito que toda a população de Porto Alegre tem que entrar nessa petição contrária ao que foi feito nesse zoológico, contrária ao zoológico e lamentar essa situação de assassinato. Porque o que houve com esse gorila foi um assassinato pura e exclusivamente gratuito, de forma absolutamente absurda.

Para finalizar, queria dizer – e eu gostaria muito do apoio da população de Porto Alegre, do apoio, principalmente, da população que se alinha em torno disso – que tudo que é público é moroso, tudo que é público é demorado, tudo que é público sempre sai mais ou menos, tem que ser refeito. Lamentavelmente, é difícil tu veres acontecer e funcionar uma obra pública de forma efetiva. Quando é na iniciativa privada, em que o indivíduo tem interesse, dificilmente tu vais ver uma clínica veterinária, Prof. Alex, botar dinheiro fora, perder tempo ou perder dinheiro, porque tudo é feito a partir do lucro, a partir do particular. Os pobres, que dependem do que é público, pagam um preço muito alto por as coisas não funcionarem como na iniciativa privada. Eu falo isso...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. RODRIGO MARONI: ...neste último minuto, para reforçar a importância de que o hospital público veterinário de Porto Alegre funcione, não vire um elefante branco, não vire uma obra de fachada. Eu vejo muitos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, como Canoas, que propagandeiam uma coisa e funcionam de outra forma. Não adianta ter um projeto bonito, que vá aparecer na Zero Hora, que vá aparecer no Correio do Povo, se o animal vai chegar lá e morrer. Não adianta ter um projeto bonito, colorido, um shopping center desenhado, se a coisa não funcionar, efetivamente, 24 horas, se não tiver uma ambulância de resgate. O hospital público bonito, o projeto bonito vai ser se, daqui a um ano, as pessoas disserem: “O hospital público veterinário está funcionando.”

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Cassio Trogildo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero voltar a um tema que faz um tempo – pode se dizer um bom tempo, de acordo com a política, porque ela é muito dinâmica e rápida – que eu não discuto aqui nesta Casa. Quero reafirmar aqui nesta tribuna que no Brasil não tem golpe, o que tem no Brasil, e não vai ser permitido por nós, é a retirada de direitos. Isso não vai ser permitido, de jeito nenhum! Desde o início do afastamento da Presidente Dilma Rousseff, a antiga base do Governo do Federal, já foi dito várias vezes por nós aqui nesta tribuna, só fica trocando acusações, só fica brigando entre si, nessa relação que já dura 13 anos. Quem tem arcado, durante todo esse período, com os prejuízos, é a classe trabalhadora. Na verdade, foram os trabalhadores brasileiros que levaram um triste golpe de traição. Começou quando, ainda, o movimento sindical tentava reverter o fechamento dos bingos, já falado aqui algumas vezes, que custou a demissão de mais de 320 mil trabalhadores, por causa dos escândalos de propina do Carlinhos Cachoeira. Depois veio o mensalão, uma série de escândalos que todo mundo já conhece, e que os trabalhadores, novamente, pagaram a conta, a ponto do Governo destruir praticamente todos os fundos de pensão deste País. Dos golpes na pauta trabalhista, o primeiro foi contra o compromisso da redução da jornada de trabalho, que virou pó. Nos 13 anos desse casamento, nenhum segundo, nenhum minuto foi reduzido na jornada de trabalho dos trabalhadores. Jamais honraram a principal luta das centrais sindicais, e ainda traíram a indústria nacional e geraram demissões de 11 milhões de trabalhadores, que hoje estão na rua, sem carteira assinada, sem o seguro-desemprego, e ainda completaram e ampliaram esses estragos com mais medidas provisórias, como foi a 664 e a 665, que excluíram esses trabalhadores ainda mais do seguro-desemprego e de outros benefícios que poderiam assegurar este Governo que sangrou o BNDES, sangrou a Petrobras beneficiando os grandes empresários com dinheiro a fundo perdido que jamais será recuperado. Em compensação, sobretaxaram as pequenas empresas com juros impagáveis e altíssimas tributações. Quem deu o golpe? Quem vem sofrendo o golpe? Reafirmo: são os trabalhadores e os pequenos empresários. Apoiadores do Governo Dilma entenderam que era o momento de a Presidente sair. Isso não é golpe de Estado, porque, de outro lado, quem afirmou que era legal o impeachment foi o Supremo Tribunal Federal, e grande parte do Supremo Tribunal Federal foi nomeada pela Presidente Dilma e ex-Presidente Lula. A crise institucional deste Governo, a crise de valores levou milhares e milhares de pessoas à rua. Isso não foi uma conspiração, não foi um ato antidemocrático; foi um ato de “basta!” da população brasileira. A operação Lava Jato e os trabalhos da Justiça estão dentro da normalidade jurídica – isso dito pelo Supremo, dito pela mais alta corte brasileira. Nenhuma irregularidade foi comprovada, mas continua se dizendo que é um golpe. Volto a afirmar: golpe foi dado no povo brasileiro, golpe foi dado nos trabalhadores brasileiros, e pelo próprio Governo, que tentou nomear como Ministro Chefe da Casa Civil o ex-Presidente Lula para lhe dar privilégios. Golpe foi dado no bolso do povo brasileiro, aumentando a luz, aumentando o gás, a gasolina, os impostos... Isso foi golpe! Mas ainda vamos continuar fazendo o que sabemos fazer: lutar para conquistar aos trabalhadores os seus direitos. Vamos, veementemente, seja qual for o Governo, continuar ajudando os trabalhadores e o Brasil a gerar emprego e desenvolvimento econômico. Nenhum golpe será dado nos trabalhadores brasileiros. Estaremos sempre atentos e sempre na rua, seja qual for o Governo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, gostaríamos de saudar nosso colega, Ver. Bernardino Vendruscolo, que hoje está de aniversário.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, já vim com um bolo, porque acho que o Vereador merece. Não sei se isso é quebra de protocolo, mas acho que estamos em uma fase de festejar nossos amigos e colegas, independente de estarmos em uma Assembleia ou em uma Casa Legislativa como esta Câmara de Vereadores.

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Estão suspensos os trabalhos para que possamos cumprimentar o Vereador aniversariante.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h01min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 16h02min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, obrigado. Prezados colegas, obrigado. Tudo é verdade, mas ouvindo atentamente a fala do colega Clàudio Janta, gostaria de dizer que precisamos buscar em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no Brasil, uma grande parceria entre empregados e empregadores, porque o povo brasileiro, de modo geral... Noto esses discursos que temos que respeitar, mas eles não podem ser feitos de forma isolada, porque todos estamos no mesmo barco! Há alguns anos, eu que vim lá da colônia, Ver. Cecchim, não fazendo nenhuma critica aos colonos que recebem aposentadoria, mas precisamos fazer um registro que, legítimo ou não, a Previdência nunca recebeu o que deveria ter recebido da origem, para pagar o que está pagando hoje. Está aí uma das dificuldades da Previdência no Brasil; a outra é a aposentadoria precoce. Se todos nós, brasileiros, cidadãos, queremos defender os direitos de cada um, precisamos primeiro defender o direito da Nação brasileira, do provo brasileiro como um todo. Essas defesas, de forma a excluir os pequenos empresários brasileiros, não estão corretas. O que nós precisamos fazer, Ver. Clàudio Janta, é implementar, neste País, um sistema de fiscalização para que não haja sonegação de impostos e benefícios de uns em detrimento de outros. Eu vou falar com conhecimento de causa: qualquer um de nós, aqui, enquanto pessoa física ou jurídica, como pequena empresa, se tentarmos buscar um financiamento no BNDES ou em outro banco, nós vamos ter dificuldades, ao contrário de grandes empresários, que têm muita facilidade. Até digo mais, hoje está comprovado que, além de eles terem facilidades, têm despachantes que facilitam a busca e retirada desses benefícios. Nós sabemos que eles vêm e vêm com facilidade para os grandes empresários em detrimento dos pequenos empresários, dos pequenos empregadores, que são a maioria dos empregadores brasileiros. Então, essa fala deve ser buscada, deve ser defendida no sentido de unidade e não de exclusão, simplesmente ser trabalhador ou não. Duvido que tenha um empresário que não seja trabalhador. Precisamos buscar a unidade. Eu tenho a maior admiração, Ver. Clàudio Janta, pelo seu trabalho, e acho que o se senhor faz um trabalho belíssimo – aliás, o senhor tem toda uma história de trabalho –, mas, às vezes, nós acabamos nos esquecendo de olhar para a planície, para o todo. Nós precisamos olhar para o todo e não olhar apenas para um ou outro seguimento. O Brasil está enfrentando dificuldades? Está! Hoje, nós temos dificuldades, por exemplo, sabemos que o Correios e Telégrafos está demorando a entregar as correspondências, está com déficit de pessoas, o salário está encolhido, mas nós não podemos deixar de registrar que, há alguns anos não muito distantes, o Correio passou a ser gerido e administrado com cargo político, coisas que, no passado, nós não tínhamos. Então, o que nós precisamos fazer é defender as nossas estatais e condenarmos a gerência, Ver. Clàudio Janta, dos grandes cargos na mão de cargos políticos; isso sim! Não sei de uma empresa estatal que tenha sido gerenciado por um político que tenha tido um melhor resultado do que aquelas gerenciadas por alguém que tinha uma carreira dentro da instituição. Eu me incluo nesses que ficam chateados, às vezes, quando vejo...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: ...Mas eu também reconheço que, no afã, nós, às vezes, esquecemos de sinalizar a planície, como se dizia. Nós precisamos defender como um todo, não esse ou aquele segmento, porque também é inconcebível que tenhamos hoje uma classe indo para aposentadoria, ganhando o percentual de que estava ganhando na ativa, e outros ganhando uma miséria, no momento em que as pessoas mais precisam: no final de sua vida.

Então, respeitosamente, Ver. Clàudio Janta, não fiz nenhuma crítica a sua pessoa, pelo contrário, estou lhe elogiando, apenas salientando que o empresariado também é trabalhador. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, queria fazer um esclarecimento: o Ver. Bernardino Vendruscolo estava emocionado com o seu aniversário, então, eu quero deixar bem claro aqui que eu defendi o empresariado nacional e os trabalhadores. O Ver. Bernardino Vendruscolo estava muito emocionado com o seu aniversário e não ouviu. A indústria nacional e os trabalhadores estão necessitando de auxílio do Governo.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores e Vereadoras, prezado público que nos assiste, quero cumprimentar aqui a juventude, as crianças e os adolescentes que nos visitam aqui nesta tarde, sejam bem-vindos. Quero, aqui, em nome da minha Bancada do Partido dos Trabalhadores, fazer uma reflexão: na política, nada melhor que um dia após o outro, porque todos aqueles que apoiaram e apoiam o golpe, aos poucos estão começando a destilar o seu choro. Há poucos minutos, o representante do Partido Solidariedade, aqui nesta tribuna, começou o choro pelas traições do Governo Temer às suas promessas. Mas quem não sabe que o Paulinho da Força Sindical e Eduardo Cunha, dois grandes corruptos neste País, comandam um golpe.

Ontem, aqui ao lado, no antigo Ministério de Desenvolvimento Agrário, estava aqui a Fetag, que é comandada pelo Partido Socialista Brasileiro do Rio Grande do Sul. Estavam ali reivindicando e lutando contra o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Bom, são esses temas que nós precisamos analisar. O Ministro interino do governo ilegítimo do Temer, aqui do Rio Grande do Sul, da Secretaria da Saúde, o Osmar Terra, já cortou R$ 10 milhões do Sistema Único de Saúde. Portanto não adianta aqui chorar que faltam recursos para a Saúde, se essa é a política de cortar direitos. E eu não vi mais, prezados colegas Vereadores e Vereadoras, aquele público, os coxinhas, que iam para a rua lutar contra a corrupção. Onde está a luta contra a corrupção, depois que o Machado foi divulgado operador do PMDB? As gravações com o Jucá... A queda dos Ministros... Para onde foram? Sumiram? Sumiram todos! E é esse o debate que nós precisamos fazer. Então, nós continuamos defendendo que não pode haver retrocesso aos direitos conquistados neste País. Inclusive, Janta, o direito dos trabalhadores, sim, porque o Solidariedade apoiou o golpe. Agora vem chorar porque estão cortando o direito dos trabalhadores? Mas quem não sabe que esse Governo é o governo da traição da república brasileira?! Como um processo da política e como os cortes dos direitos institucionais adquiridos até então. Ver. Dr. Thiago, agora está no seu chão! Ele está acabando com o programa Mais Médicos, proposta que o senhor sempre defendeu aqui nesta tribuna! Portanto não tem problema discutirmos política, porque tem que ter lado, e nós sempre tivemos lado; o lado da população brasileira na construção de direitos, na defesa dos interesses nacionais.

Há poucos dias, o Governo Temer acabou com o grande fundo do Pré-Sal, já retirou cem bilhões do Pré-Sal, dinheiro que estava destinado à educação e à saúde deste País. A única coisa rápida que o Teme fez foi demitir o garçom lá do Planalto, José da Silva Catalão. Mas o José da Silva Catalão nunca falou com o Machado pelo telefone, nunca teve telefone grampeado. Ele demitiu com rapidez. Agora, todos aqueles que estão na Operação Lava Jato, que foram nomeados ministros, bom, onde está o Supremo para impedi-los de serem ministros? Suspeitaram que o ex-Presidente Lula, assumindo a Casa Civil, estaria protegido. Nós não temos problema de vir a esta tribuna discutir políticas, política com “p” maiúsculo, tem que ter transparência. Nós temos lado. Nós queremos que os direitos que foram conquistados nesse período avancem, que não haja retrocesso.

Para concluir, quero dizer que nós precisamos debater esses temas. Nós sempre viemos aqui à tribuna, o Partido dos Trabalhadores, o PSOL, o PCdoB, com clareza nas suas opiniões, e nós recebemos críticas. Agora, não dá para vir a esta tribuna, num dia, defendendo uma política, e, no outro dia, chorar, porque essa política foi por água abaixo! Assim como fizeram aqui quando defenderam quem era contra o governo Tarso Genro; a segurança hoje está esfacelada!

E para isso eu quero convidar todos para prestigiarem, na sexta-feira, dia 3, dia em que a Presidenta Dilma estará em Porto Alegre, às 16h, no Teatro Dante Barone e, às 18h, lá na Esquina Democrática, defendendo os direitos da República e lutando contra o golpe. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu venho a esta tribuna trazer um debate que tem que ser travado e mais aprofundado por toda a sociedade. Não é uma questão ideológica nesse momento, embora ela tenha esse cunho. Mas eu quero discutir e debater sobre a ótica da natureza, uma questão, Ver.ª Lourdes, de natureza humana. Quero discutir sobre o estupro, na figura de uma moça, mas que representa milhões de mulheres, de crianças. O que grita, no coração das mulheres, com o que ocorreu, tem que gritar no coração de todos: homens e mulheres, porque o estupro é uma violência, estupro é crime, é uma das formas mais criminosas de violência. E o silêncio – eu digo isso há muitos anos – sempre é cúmplice dessa violência. Por isso que as Vereadoras desta Casa, através da Procuradoria, nós quatro: a Lourdes, a Fernanda, a Sofia – que é nossa procuradora – e eu, Ver.ª Jussara Cony, assinamos uma Moção de Repúdio, que queremos que seja aprovada e enviada a todos os órgãos de Estado, de políticas públicas competentes, porque queremos a punição desses criminosos, não podemos mais conviver com isso. Uma menina foi dopada, todos nós sabemos o que ocorreu, foi estuprada, agredida, os criminosos colocaram nas redes sociais; a que ponto nos chegamos. Mas, além disso, apesar de intensa onda de solidariedade, houve quem tentasse dizer que era um suposto estupro – a imprensa fez isso -, de que ela era a responsável, como sempre, tornando aquela que é vítima em ré. Aliás, não é de hoje, há inclusive ações da justiça que dizem: se ela não estivesse em tal lugar com tal roupa, isso não teria acontecido. Nós estamos vivendo um momento de desumanização, eu acho que estamos numa encruzilhada histórica sob todos os aspectos, entre civilização e barbárie. Eu vou me perfilar sempre ao lado da civilização, eu e meu partido, as mulheres da União Brasileira de Mulheres. Aliás, me valho de um documento da União Brasileira de Mulheres para trazer aqui aos colegas, não apenas os dados, vou pedir para que esse documento seja, na íntegra, disponibilizado pela nossa Taquigrafia, para ficar registrado nesta Casa.

É nesse contexto que estamos tendo um golpe de Estado, onde a primeira presidenta mulher do País, eleita com o voto do povo, foi golpeada sem nenhum crime cometido. E isso nos coloca na contramão da história. Por quê? Porque as políticas publicas construídas ao longo de anos para enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres estão caindo com este governo! Interino! Ilegítimo! Um dos primeiros atos do Governo de Temer foi acabar com a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. Nem vou questionar aqui a golpista que ele colocou na Secretaria, que é uma questão de responsabilidade deles, não faz parte da luta das mulheres brasileiras; pelo contrário, coloca-se na contramão. Mas, aliado a Eduardo Cunha, fiador do golpe, que está com projeto na Câmara dos Deputados que é um retrocesso sob a ótica da luta das mulheres, das políticas públicas para mulheres, da criminalização daqueles que cometem violência contra as mulheres. O projeto prevê que as vítimas de estupro só poderão receber atendimento hospitalar após a realização do exame de corpo de delito, feito pelo IML. Isso é uma desumanização! Isso é um desrespeito a toda e qualquer mulher. E, quando uma mulher é desrespeitada, são todas as mulheres que são desrespeitadas, também a sociedade, são os homens que se perfilam nesse processo, na busca também de uma outra sociedade, de respeito, de humanização. A proposta, inclusive, remove, do atendimento da saúde, tratamentos preventivos, como a pílula do dia seguinte, o coquetel anti-HIV, o fornecimento de informações às vítimas de estupro. O Brasil é um dos poucos países em que o aborto é permitido quando ele é consequência de estupro. É tudo retrocesso o que estamos vendo! As mulheres brasileiras não se calarão! Daqui a pouco, nós, aqui no Rio Grande Sul, estaremos em passeata, em Porto Alegre, contra esses crimes. Exigiremos a lei e a punição desses criminosos. Quando uma de nós é...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. GOULART: Vereador Cassio Trogildo, nosso Presidente; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores e demais amigos que nos ouvem ou assistem. Já formado, no início da minha carreira médica, na luta contra o câncer, eu imaginava que, operando o câncer, eu fosse resolver o problema das mulheres, não de todas, claro, mas pelo menos das que estavam ao meu cuidado. Eu achava que, indicando a radioterapia e a quimioterapia, estaria ajudando bastante as pacientes. Com o passar do tempo, eu notei que isso era uma solução para um problema já instalado e que nós deveríamos agir muito antes na luta contra o câncer. Por quê? Porque o câncer do colo de útero é uma lesão causada por um germe, um corpúsculo com vida, que é o vírus HPV. Ele se instala no colo do útero e dá sinais de que vai ocorrer um câncer três anos antes de a doença aparecer. Três anos antes de a doença ocorrer, aparecem sinais no colo do útero dizendo que a mulher vai ter câncer no colo. No pulmão e no cérebro, nós não temos um exame que diga isso, sequer na mama temos! Na mama, o que se faz são diagnósticos precoces do câncer; se opera o câncer. Não existe lesão pré-câncer, a rigor, na mama, para que a gente possa fazer um exame e detectar isso. Mas existe um exame sagrado, maravilhoso, barato - eu acho que o SUS deve pagar em torno de R$ 3,50 a R$ 5,00 por cada lâmina de exame para o patologista -, este exame chama-se Papanicolau ou citopatológico. Eu vou repetir: ele diz, três anos antes, qual mulher vai ter câncer de colo de útero e permite que a medicina haja durante esse tempo. Quando uma mulher apresenta uma lesão invasiva, uma lesão tipo a do câncer de colo, houve uma falha do sistema! A mulher não conseguiu, não quis, não sabia, desconhecia que existia esse exame que faz com que a pessoa possa se salvar. Então, se existe um exame que diz, três anos antes, que pode dar câncer de colo, por que essa doença é a segunda que mais mata mulheres na idade reprodutiva? Na época em que a mulher menstrua, dos 11 aos 50 anos, a mulher tem, como segunda causa de morte, o câncer de colo de útero. Uma doença sexualmente transmissível, uma doença contraída na relação sexual. A rigor, as mulheres que nunca tiveram contato genital direto não têm câncer de colo de útero. Então, por isso eu desloquei o meu foco, além da cirurgia, além do tratamento do câncer, para a prevenção do câncer, que é o trabalho que me conduziu até a Câmara de Vereadores, depois de 30 anos trabalhando na coleta desse exame Papanicolau nas mulheres que mais precisam, nas mulheres da Restinga, que não conseguem consulta para fazê-lo. E, com o passar do tempo, fui convidado por outras vilas também necessitadas e, de lá para cá, pautei o meu trabalho em fazer coleta de preventivo de câncer.

Agora, vou fazer um grande trabalho, a começar pela Restinga, em que não necessariamente seja eu que colha o preventivo do câncer, mas que as mulheres se alistem numa grande composição para que a gente consiga que ela faça no postinho, que ela faça no Santa Marta, que ela faça com o seu médico de convênio, com o seu médico particular, e nós vamos anotar todos esses dados numa planilha para ver por que as mulheres, principalmente da Restinga, têm câncer de colo. Não é muito; é na mesma proporção do Rio Grande do Sul, mas é a segunda causa de morte.

Então, vamos começar a visitar as pacientes. Não poderemos oferecer o preventivo, porque não teríamos para todo mundo. Um único médico, numa comunidade, não poderia fazer isso. Provavelmente o Ver. Dr. Thiago vai se associar a nós e vamos ter um raio x dos motivos de as mulheres não fazerem o preventivo do câncer. É por que não conseguiu consulta com o Dr. Thiago? Não conseguiu com o Dr. Goulart? Não conseguiu no posto? Como é que ela vai fazer?

Está lançado esse desafio. E nós vamos anotar tudo isso, Dr. Thiago, não necessariamente comigo e nem contigo toda a coleta. Nós vamos policiar, de brincadeira, vamos orientar que elas tragam o preventivo, num determinado ponto, para a gente avaliar.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Engº Comassetto assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Engº Comassetto): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, em homenagem ao meio ambiente e ao senhor que está aqui para falar, eu postergo a minha fala em liderança.

 

O SR. PRESIDENTE (Engº Comassetto): Obrigado, Ver. Idenir Cecchim. O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Engº Comassetto, na presidência dos trabalhos, colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras e senhores. Nós estamos iniciando, nesta semana, a Semana do Meio Ambiente. Ver. Prof. Alex Fraga, o senhor que é umbilicalmente ligado a essa temática, até por profissão, dever de ofício, junto com outros Vereadores aqui que tem essa preocupação, como eu tenho, queria aproveitar esse momento, em nome das Bancadas do PCdoB, do PSOL e do PT, eu falo em nome das bancadas de oposição, para fazer algumas cobranças à municipalidade. Afinal de contas, nós tivemos uma tormenta no dia 29 de janeiro e até hoje nós ainda temos problemas a serem resolvidos nessa área. Não adianta simplesmente plantar uma árvore. Porto Alegre criou essa ideia de simplesmente plantar. Precisa cuidar. É como o ser humano, o ser vivo: homem, animal e plantas precisam de cuidados. E a gente vê um conjunto de plantas completamente doentes, podres, galhos caídos, árvores que foram arrancadas pelo vento e que continuam por aí. Enquanto isso nós poderíamos ter um esforço coletivo. As pessoas se propuseram, naqueles momentos difíceis, a ajudar a municipalidade. Empresas se propuseram, mas não tinha uma política clara. A gente não sabe até hoje quem se beneficiou daquele monte de madeira, de lenha, que foi tirado. Eu gostaria de ter uma prestação de contas da municipalidade. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente deveria aproveitar a Semana do Meio Ambiente e vir aqui e prestar contas à Câmara Municipal, afinal de contas, nós somos os fiscais da coisa pública, do Município. Fico contente ao ver aqui o trabalho dos servidores, como o do Teixeirinha, que fez uma nova exposição, aqui embaixo, com resíduos, como também foi, nesta semana, a participação dos servidores do DMLU. Nós estamos vendo muito mais, vemos o servidor público despojado, fazendo coisas não só no seu horário de trabalho, mas, muitas vezes, fora do seu horário de trabalho; além de ser servidor, ele tem uma militância na área da sustentabilidade.

Então nós temos a obrigação, não por sermos da bancada de oposição, qualquer vereador tem que fazer esse tipo de cobrança à municipalidade, e a municipalidade tem que prestar conta dessas questões.

Outra coisa que eu vejo, e estamos na Semana do Meio Ambiente, preocupados com a saúde, é que se está gastando fortunas em campanhas publicitárias sempre para os mesmos, porque nas grandes redes de televisão, de jornal, são sempre as mesmas pessoas. Por que não pegar esse recurso para fazer o trabalho de combate ao zica vírus, por exemplo, em jornais de bairros, em rádios comunitárias, aportando recursos, não como patrocínio, porque não pode, mas como recurso de divulgação, que é possível e legal? Não vejo isso nos jornais de comunidade que sofrem para manter o seu jornal mensalmente ou quinzenalmente, e não vejo esse tipo de aporte para fazer as campanhas, porque esses segmentos sim, como as redes sociais, com os blogs, com a tevê comunitária, como temos a TV Restinga, poderiam receber esses recursos, e nós estaríamos falando com o conjunto da população. Trabalhar como foi, agora, o “Dia Sem Tabaco”, que foi ontem, ou essas outras efemérides, trabalhar dessa maneira, com uma visão de sustentabilidade. A mesma coisa com a campanha para não jogar bituca na rua, que também é uma questão de preocupação com o meio ambiente. O que vemos hoje é que tudo isso é segmentado, separado, e, quando se fala de ambiente, o pensamento médio, aqui na Capital, porque os seus dirigentes, as secretarias pensam assim, só se pensa em árvore, mas não se pensa em cuidá-la, em tratá-la.

Portanto, nós estamos fazendo uma cobrança que é um dever, uma tarefa do Vereador, ser o fiscal da prefeitura, e essa é a nossa missão, esse é o nosso dever e é por isso que estamos saudando estas pessoas que estão aqui, o nosso dever é falar e defender um ambiente sustentável na cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Engº Comassetto): Dando continuidade às Comunicações, este período é destinado a tratar do Dia Mundial do Meio Ambiente. Convidamos a fazer parte da Mesa o Sr. Alfredo Aveline, físico, Lama Samten.

O Sr. Alfredo Aveline está com a palavra.

 

O SR. ALFREDO AVELINE: Gostaria, inicialmente, de agradecer a oportunidade. Sou cidadão de Porto Alegre. Já morei em vários lugares, mas a minha vida toda se desenvolveu numa conexão, especialmente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com uma atividade ligada ao Meio Ambiente e às questões espirituais e às questões ligadas à ciência também aqui em Porto Alegre. Gostaria de lembrar, neste momento vem à mente a sua santidade Dalai Lama, que é cidadão de Porto Alegre, quando, em 1992, esteve na Assembleia Legislativa e recebeu as chaves da Cidade do Prefeito Olívio Dutra. Foi um momento realmente especial, ele discursou na Assembleia, isso está registrado. Me sinto feliz com essa oportunidade de me dirigir aos senhores, honrado pelo seu trabalho também. Vou fazer uma abordagem breve, no tempo que eu tenho, para falar sobre, não tanto as questões externas, as questões internas. O budismo trabalha mais com a questão da mente, das emoções, dessa dimensão interna. É uma visão de 26 séculos, uma visão antiga, que diz: “Sempre que o Ocidente entra em dificuldades é no Oriente que ele vem buscar inspiração para as transformações necessárias dos paradigmas e das visões”. Na perspectiva budista, quando nós encontramos as dificuldades, como atualmente estamos vivendo as dificuldades ambientais, elas são sempre um sintoma de envelhecimento no nível sutil. Do mesmo modo, quando adoecemos o nosso corpo físico, esse também é um adoecimento no nível sutil. Buda vai ensinar que nós estamos submetidos a um tipo de desequilíbrio que é muito interessante. Realmente, eu acredito que neste tempo que estamos vivendo, nós vamos conseguir absorver, na nossa própria cultura, essas transformações; as transformações trazidas por essa visão. Então, no budismo, nós estudamos como a mente, ou seja, cada um de nós, opera dentro de um mundo interno, como se fosse uma bolha de realidade. A pessoa olha a sua vida de um certo modo, ela não entende bem, não é uma coisa consciente, mas a pessoa vive dentro de um tipo de bolha de realidade. A questão ambiental é um exemplo muito perfeito disso. Nós abrimos as torneiras e não temos consciência para aonde a água vai; nós fazemos as nossas ações e não entendemos bem a consequência para aonde isso vai. Mas, dentro do universo mental nosso, nada soa como emergência, não tem nenhum sinal de perigo. Então, nós vivemos em bolhas de realidade, nós olhamos só algumas coisas.

No final da década de 1960, começou a surgir um estudo profundo também ligando as questões psicológicas e filosóficas à questão ambiental. Então, em 1974, foi publicado um livro chamado “Limites do Crescimento”. Este texto, que é de grande importância, também trata da questão das bolhas. Essencialmente, esse texto dizia que se nós seguirmos desse modo, olhando de forma restrita o nosso movimento, nós vamos ser afetados diretamente no crescimento econômico e, provavelmente, nós vamos viver vários tipos de crises intensas, com impactos sobre as pessoas e sobre o próprio ambiente, porque nós não estamos vendo a consequência das ações que vão se produzindo, que nós produzimos todos os dias. Naquela época, eu lembro que esse estudo analisava que a maior parte das pessoas olha alguns metros ao ser redor, ela tem interesse maior a uma distância pequena ao seu redor. A mente das pessoas alcança alguns dias à frente, ela não vê anos à frente; ela também alcança alguns dias para trás, ela não vê anos para trás. A maior parte das pessoas opera assim. Muito poucas pessoas têm, no seu universo mental, ou seja, na sua bolha mental, uma visão que alcança anos ou dezenas de anos ou centenas de anos. Portanto, são ações sempre de curto alcance e de uma consciência geográfica limitada também. Isso era apontado como problema básico da questão ambiental. Então, na visão budista, nós, quando começamos a palmilhar estes universos internos que povoam e direcionam as nossas ações, nós vamos encontrando essencialmente isto que é chamado de ignorância, a limitação da nossa visão. Isso pode se traduzir também por posições sectárias, uma certa visão é um sectarismo. Mas o sectarismo é um fechamento extremo. Nós temos pessoas que não estão partidarizadas, que não são, aparentemente, sectárias, mas o movimento que elas fazem, inevitavelmente, produz consequências que elas não chegam a ver. Então, por exemplo, nós não presenciamos o lixo das cidades, a gente não percebe isso. Não é uma má vontade, a gente não sente isso, não se dá conta disso. Do mesmo modo, a nossa saúde pode ser afetada por isso. Por exemplo, nós não percebemos bem o que nós fazemos e que reflexo aquilo pode ter sobre a nossa própria saúde. Então, nós estamos, neste tempo de agora, entendendo melhor. A psicologia foi uma das disciplinas surgidas no ocidente que nos ajuda a pensar melhor. Hoje, nós sabemos que uma experiência que a gente tem hoje pode se refletir por muito tempo adiante.

Na época de Buda, ele estudou as emoções perturbadoras, e ele chegou a uma conclusão superimportante, que se reflete sobre como a gente pode viver melhor com os outros seres humanos e com o ambiente também. Buda se deu conta que todos os seres aspiram à felicidade, aspiram a se livrar do sofrimento. Então, se nós quisermos andar melhor, a gente deveria respeitar esse funcionamento dos outros seres. Por exemplo, aqui, nós podemos incluir os rios, as montanhas, os animais, em várias direções na atmosfera. Na medida em que esses seres são esquecidos por nós, nós, do mesmo modo estreito, esquecemos do nosso próprio corpo, esquecemos dos nossos familiares, nós deixamos de ver de forma mais ampla a realidade de onde estamos inseridos. Buda vai lembrar isso, ou seja, todos os seres aspiram felicidade, aspiram se livrar de sofrimento. Nós deveríamos praticar uma harmonia em relação a esses seres, deveríamos entendê-los, ultrapassar a limitação dessa nossa visão. Assim, a questão ambiental não é apenas uma questão de respeitar os animais, os outros seres; é uma questão de nós entendermos esses seres dentro de uma perspectiva mais ampla. O Buda vai explicar também que a nossa vida melhora muito quando nós nos alegramos com a situação positiva que os outros seres estejam vivendo. Então, por exemplo, nós podemos não ver o resultado do que nós estamos semeando positivamente hoje, mas a gente adivinha que se preservarmos as florestas, preservarmos os rios, isso vai ter um impacto positivo, vai beneficiar os seres, e isso nos alegra. Então nós começamos a viver de forma mais ampla quando as emoções nos sustentam, sustentam o nosso movimento.

Neste momento, na perspectiva espiritual de várias tradições, nós estaríamos vivendo o que se chama de tempos de degenerescência, que são caracterizados pela coisificação de tudo, quando, por exemplo, olhamos em todas as direções e só vemos recursos. A gente olha para as montanhas, e elas não são montanhas, são recursos minerais; olhamos para os rios e eles não são rios, são recursos aquíferos; olhamos para os animais e eles não são seres, são recursos alimentares; olhamos em todas as direções e há recursos. Eu considero uma situação muito grave nós olharmos para as pessoas e as chamarmos de recursos humanos. Isso é grave, porque nós não estamos nos relacionando com pessoas, nós estamos nos relacionando com cargos e funções, a gente não vê mais a pessoa ali dentro. A gente precisa de pessoas para botar num determinado lugar; quando a gente bota aquelas pessoas naquele lugar, ele é um cargo e uma função, e a gente não se relaciona com a pessoa, a gente se relaciona com o que ela deveria ser naquele lugar, exercendo aquele cargo e aquela função. Então, as pessoas também se tornam recursos, nós vamos coisificando tudo, mesmo os filhos, a esposa, o marido viram recursos, recursos emocionais, recursos de várias ordens, e isso vai produzindo o nosso adoecimento também. Nós, dentro dos vários lugares estreitos que ficam reservados para nós, somo escolarizados, treinados para exercer aquelas funções. Aquelas funções não são naturais, aquilo não faz bem para nós, mas a gente segue naquele lugar. Quando adoecemos, a gente vai ao médico, o médico nos ajuda a poder retornar àquele lugar adoecedor. Às vezes a doença é física, às vezes a doença é um esgotamento nervoso, um esgotamento emocional, e nós pensamos que é uma fraqueza nossa, mas não somos feitos para viver nesse lugar apertado, nós viramos recursos de alguma coisa. Então, essa é uma dificuldade. As crianças também, nós vamos treinando eles à obediência, paulatinamente viram recursos, mais adiante, nós vamos gerando uma medicina, uma psicologia que vai tratando eles e tentando retorná-los a esse ambiente. Com o tempo, vamos coisificando tudo, os animais já não são animais livres, as plantas não são plantas livres, nós vamos transformando geneticamente, nós vamos ajustando o tipo de agricultura, parece que a única vida que a gente pode viver seria essa, é a única forma que a gente encontraria. Isso é um nível de desequilíbrio que vamos desenvolvendo e que afeta a nossa vida, afeta a vida em varias direções.

O Buda vai sugerir que a gente desenvolva, em primeiro lugar, compaixão por todos esses seres que estão envolvidos nessas circunstancias; em segundo lugar, que a gente desenvolva a capacidade de reconhecer que eles têm capacidades luminosas, que têm uma inteligência transcendente, que eles podem ser felizes, que eles não precisam ficar presos. Que isso seja a nossa alegria, que a gente desenvolva esse olhar e as ações correspondentes, e que a gente desenvolva essa visão em todas as direções, não apenas com seres animados, mas com as montanhas, com os rios, com as florestas em todas as direções. Isso produz um equilíbrio. Quando isso se dá na nossa mente, a generosidade se torna natural, a moralidade segue, com isso temos paz. Quando a paz surge em nós, a nossa mente se torna concentrada, nós temos energia de ação e desenvolvemos também sabedoria. Assim a disciplina espiritual se funde naturalmente com as questões ambientais e ela se funde também naturalmente dentro de uma visão ampla, abarcando todas as tradições espirituais, e todas elas ensinam a compaixão e o amor, também a alegria e a equanimidade, também a generosidade, a moralidade, a paz, a energia constante, a concentração e a sabedoria. Nesse âmbito, nós retomamos uma visão mais ampla, e lembramos agora, na Semana do Meio Ambiente, este desafio. Nós não vivemos num ambiente; este é o nosso ambiente, nós fazemos parte disso. A nossa salvação é a salvação de todos os seres. Isso depende de um olhar mais elevado. A nossa felicidade não tem possibilidade de surgir a não ser dentro de uma visão ampla, onde nós vamos manifestar compaixão e amor. Agradeço novamente esta oportunidade de terem me acolhido aqui e a possibilidade de me dirigir a vocês. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Cassio Trogildo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. RODRIGO MARONI: Sr. Alfredo Aveline, Lama Samten, quero dizer que eu comentava com o Professor Alex e com o pessoal que trabalha comigo que, nesta minha passagem pela Câmara, a visita que mais me deixou feliz e mais me emocionou foi a tua. Pode vir o Pelé, pode vir o Neymar e pode vir o Messi aqui, mas a tua visita vai continuar sendo a melhor.

Quero fazer uma saudação ao povo do Caminho do Meio, que está aqui. Quero dizer às crianças da escola aqui presente que elas têm muita sorte de ter tipo a oportunidade de participar, enquanto crianças, de uma escola tão bonita e com o tipo de ensinamento que vocês têm a oportunidade de ter desde criança.

Eu, particularmente, conheci o trabalho do Caminho do Meio e do budismo em 2004, comecei a ler, e, a partir dali, o senhor se tornou uma referência para mim. Para quem não sabe, o Lama é a principal referência do Brasil, junto com a Monja, relacionada ao budismo. Uma das coisas que eu procuro sempre falar aqui é que eu tenho muito mais de ignorância e de limitação pessoal, 99,9% de mim é ignorante. Eu procuro exatamente sempre exercer e falar aqui o que eu li e acompanhei nesses anos todos, pouco mais de dez, quase doze anos, através do trabalho, dos livros e dos vídeos; para quem não sabe, eu também convido as pessoas a assistirem os vídeos do Lama, porque, seguramente, vão ganhar tempo.

Infelizmente, não é só na escola, Lama, mas na sociedade, nos valores, nos princípios. Nós vivemos numa sociedade individualista, e a política é um termômetro disso. Lamentavelmente, o senhor falava de um sectarismo, e a política é o exercício máximo do sectarismo. Aqui, na verdade, temos um trânsito de egos e de pessoas que se acham importantes – não só aqui, e não estou falando especificamente de ninguém, mas de um modo geral –, porque, onde há dinheiro e poder, e, na política, necessariamente, não há dinheiro, mas há poder e prestígio, é difícil o ser humano se desvincular disso e trabalhar tentando exercer a essência da sabedoria máxima, que é entender que a nossa passagem aqui pela Terra é muito curta.

Eu comentei com o senhor que eu fiquei bastante tempo – cerca de oito anos – estudando budismo, período em que eu procurei me aprofundar. Inclusive eu tive um período sabático, como eu digo. Eu saí de Porto Alegre e, durante três anos, o meu objetivo foi me isolar. Eu fui morar num local bastante isolado justamente para tentar meditar e tentar fazer o exercício de me tornar pelo menos um ser humano que me entendesse um pouco melhor, porque como, o senhor falou, a melhor forma de a gente agir para o mundo, na verdade, nada mais é do que a gente tentar agir para dentro. Não adianta nada a gente ensinar, orientar e achar que a nossa opinião é boa – e, por isso, a política cumpre um papel equivocado, muitas vezes, porque os políticos, assim como pessoas de diversos outros setores, acham que sempre têm uma opinião melhor para as coisas –, até porque, normalmente, quando achamos que temos uma opinião melhor, já iniciamos um processo errado por não entendermos o quanto faz falta uma perspectiva mais ampla e como a coisa pode ser mais completa quando conseguimos absorver o maior número de opiniões. Espero, de verdade, que tua vinda aqui tenha retorno. Espero, de verdade, que o budismo cresça não só no Brasil como no mundo, não no sentido religioso, fanático ou ideológico, mas simples e puramente no exercício do amor, no fortalecimento do outro, no olhar o outro com generosidade. Lamentavelmente, a nossa espécie é a mais limitada. Se fôssemos extintos, talvez fosse vantagem. Mas como não haverá suicídio coletivo e nem vamos exterminar com os humanos, a única alternativa é aprender com as outras espécies que sabem mais do que nós, os animais, a natureza, os rios, as plantas, porque só eles têm a nos ensinar a conviver, a nós, tão limitados como humanos. Muito obrigado. Tua presença e a do pessoal do Caminho do Meio muito me emocionam.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: Sr. Presidente, senhoras e senhores que acompanham os nossos trabalhos na tarde de hoje, Vereadores, Vereadoras que se encontram presentes, convidado, Sr. Alfredo Aveline, muito me emocionou o depoimento do Sr. Aveline, me lembrou três momentos que passei dentro da Universidade Federal do Rio grande do Sul, em palestras promovidas pelo Diretório Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas, no qual sou graduado, em que convidamos e fomos contemplados com a presença brilhante do grande ambientalista, seguramente um dos maiores que o Brasil já conheceu, que foi José Lutzenberger. Um homem brilhante, uma pessoa em sintonia com o ambiente natural e um grande defensor da vida, em todos os seus aspectos. Ele era profusor da ideia de que o nosso planeta é um sistema com vida, é um ser, e que todas as ações, por menores que fossem, iriam abalar esse intrincado conjunto vital, que é o planeta terra. Infelizmente, nós, seres humanos, não nos preocupamos com essas questões, as questões que afetam diretamente a nossa sobrevivência, a nossa qualidade de vida em busca de bens materiais.

O materialismo e o consumismo da nossa sociedade a empobrece cada vez mais; empobrece. Na minha ótica é impossível que nós tenhamos uma duração muito maior neste planeta se continuarmos dentro dessa lógica terrível, cruel, de degradação do patrimônio natural das espécies viventes. E para mim, não é um motivo de comemoração a semana do meio ambiente; não é motivo de comemoração o dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, é um motivo de luta. Não podemos celebrar esse momento, nós precisamos fortalecer, elevar as nossas vozes, ampliar movimentos que visem à elucidação, ao esclarecimento da população com relação às suas práticas cotidianas, incutir, dentro das novas gerações a política dos Três Rs – reduzir, reutilizar e reciclar. Muitas vezes, se fala na questão da reciclagem dos materiais, a reciclagem é o último. Nós precisamos reduzir o uso dos recursos naturais até que possamos equilibrar tudo o que já foi consumido, e que isso seja reaproveitado, reusado e, por fim, a reciclagem. A reciclagem demanda energia, recursos hídricos, mão de obra; portanto, ela é a menos efetiva, a menos eficaz dentro da lógica de preservação do nosso planeta.

Esta semana também é uma semana em que temos um grande entristecimento por conta da demonstração da grandessíssima estupidez humana: foi sancionada, no Estado do Amazonas, agora no dia 30, uma lei ordinária, a Lei nº 79. Essa lei determina que haverá permissão e liberação da criação de espécies exóticas de peixes com apenas autorização estadual, ou seja, essa lei ignora completamente os órgãos nacionais de fiscalização como o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente. Nenhum desses órgãos será consultado para a implementação de empreendimentos de criação de espécies exóticas. Isso é uma violência cometida contra a natureza. É sabido, é notório que espécies exóticas – invasoras ou implantadas num determinado ambiente – são a causa direta da extinção de espécies nativas. Há, também, através dessa lei ordinária do Estado do Amazonas, a permissão para construção de barragens em igarapés com a contenção de água. Também é autorizada a criação de animais em áreas de preservação permanente, ou seja, em redutos da fauna e flora nativas. Essas ameaças estão ao nosso redor. Porto Alegre têm representantes dentro das esferas governamentais que defendem a exploração dos recursos. Não podemos fechar os nossos olhos; a natureza depende de nós e nós dela. Uma boa tarde ao Sr. Aveline e a todos os presentes.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Também quero cumprimentar o Lama Padma Samten, que traz aqui a fala, a energia, a voz da espiritualidade referente a nós olharmos para o nosso interior e para o interior do nosso sistema como um todo. Na verdade, ouvindo o senhor atentamente e fazendo uma reflexão, o desequilíbrio que vivemos em relação ao ambiente é um desequilíbrio do próprio ser humano que está aí refletido. Obviamente que tem toda a lógica do modelo de vida que se busca. Como engenheiro agrônomo e como um trabalhador e um lutador para que a agricultura orgânica seja a essência da produção de alimentos, costumamos dizer que, enquanto o ser humano não compreender a natureza e os seus ciclos e buscar não alterá-los para obter rendimentos ou lucros com isso, nós estaremos sempre destruindo uma parcela, uma fatia da vida que nos cerca e, por óbvio, da nossa própria vida. O efeito da urbanidade e do modelo consumista têm distanciado cada vez mais o ser humano da compreensão dos ciclos da natureza. Nós costumamos dizer que solo vivo são seres vivos na sua plenitude, na sua energia. E o que é que se fez para dizer que o modelo ocidental de desenvolvimento e a lógica capitalista deveriam trabalhar para salvar a fome no mundo? Com a Revolução Verde, passou-se a utilizar toda a tecnologia de guerra da 2ª Guerra Mundial. Fazendo uma reflexão aqui com os nossos ouvintes: o que é um grande trator ou uma colheitadeira? Nada mais é do que um tanque de guerra, em que se tirou aquela carcaça e colocou outra carcaça para andar em terrenos íngremes, terrenos de difícil acesso, que são as lavouras. A primeira vez que foi utilizado o herbicida foi para que os barcos de guerra pudessem subir o rio Congo para matar a vegetação que existia. Foram utilizados experimentos europeus, os herbicidas. E nisso se reproduziu uma lógica da monocultura pelo mundo. A monocultura nada mais é do que uma única cultura em grande extensão, para isso se destruiu a diversidade, a diversidade que tinha a vida integrada, vegetal e animal, que nós sempre utilizamos.

A Ver.ª Jussara não está aqui, mas ela sempre traz a agenda permanente das plantas medicinais. A indústria química é a apropriação do conhecimento fisiológico e físico-químico das plantas de forma sintetizadas. Com o grande processo da indústria, compra-se medicamento em qualquer farmácia, como se fosse comprar pão. Há médicos que recomendam a química da farmácia sem olhar para a cara do paciente, muitas vezes uma carga química sem orientá-lo, sem ter uma cultura do consumo. Essa é uma realidade vivida na sociedade. E todos os medicamentos que sobram, que são jogados no lixo ou na água, são nada mais do que esterilizadores do bio, ou seja, das bactérias, dos fungos, das algas, dos nematoides, acaricidas, inseticidas, entre outros.

Então, prezado Lama Padma Samten, a sua fala aqui, trazendo a espiritualidade do budismo para compreendermos a natureza e fazermos uma reflexão, nos deixa muito felizes de poder estar lhe ouvindo neste dia. Esse é um tema que tem que perseguir todos nós, por toda a vida. Certamente, é muito difícil conseguirmos evitar esse processo de destruição que está aí, mas não dá para desistir, até porque, quando se prega a paz, é a paz da plenitude do ser. E como dizia o Lutzenberger: “O Planeta Terra nada mais é do que um ser, a nossa Gaia que tem que ser salva. Um grande abraço, boa luta. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Sr. Alfredo Aveline está com a palavra para as suas considerações finais.

 

O SR. ALFREDO AVELINE: Agradeço novamente a oportunidade. Fiquei muito feliz de poder ouvir também as considerações dos Vereadores, que me enriqueceram. Fico feliz ao perceber a consciência ecológica também dentro da Câmara. Isso é maravilhoso em um templo em que essa consciência tem que se ampliar realmente. Agradeço também porque vocês estavam aqui e pudemos nos encontrar. Bom trabalho. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Nós agradecemos, em nome da Câmara Municipal, este período de Comunicações em relação ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Quero agradecer ao Lama Samten e em especial à Denise, que foi quem proporcionou sua vinda até aqui.

 

O SR. DR. GOULART (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do nosso querido amigo Conceição Teixeira da Silva. Acho que o forte do nosso partido, meu e de V. Exa., o PTB, é a militância. Até anteontem, nós tínhamos um padrão ouro no comportamento de militante do nosso amigo falecido, que nos deixou mais empobrecidos no grande trabalho de convencimento da população dos nossos ideais e das nossas ações. O Conceição sempre esteve com a nossa bandeira de maneira real e verdadeira em todos os eventos que fez em sua vida. O nosso sentimento para a esposa dele, que é do PDT Mulher.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

O SR. DR. THIAGO: Caros colegas Vereadores e Vereadoras, eu aceito seu convite, Ver. Dr. Goulart. Creio que a saúde das mulheres tem sentido grande dificuldade com relação à assistência à sua saúde nas nossas Unidades Básicas de Saúde, nos Programas de Saúde da Família. Sem dúvida nenhuma, precisamos melhorar a prevenção do câncer de mama e do câncer de colo de útero, assim como Vossa Excelência falou.

Vou um pouco mais adiante, vou à questão da gravidez indesejada, Ver. Dr. Goulart. Faço um eco, principalmente naquilo que se refere à gravidez indesejada na adolescência. É importante dizer que a grávida adolescente tem risco três vezes maior de morrer; o seu filho tem um risco duas vezes maior de vir a óbito, pela prematuridade. A gravidez na adolescência faz com que a gestação seja de alto risco. Então, precisamos atuar firmemente na defesa da saúde das pessoas, na prevenção da gravidez indesejada na adolescência. Isso realmente tem um impacto muito grande na saúde. Eu lembro, quando se teve oportunidade de poder fazer um efetivo planejamento familiar em Porto Alegre, na gestão do Dr. Pedro Gus, quando tivemos a possibilidade de colocar na Prefeitura a questão da discussão dos métodos anticoncepcionais reversíveis de grande transcurso de tempo, de grande utilização de tempo de uso – o DIU e o implante – com este gesto, pode-se diminuir a mortalidade infantil. Hoje a mortalidade infantil cresce em Porto Alegre. A mortalidade materna, Vereadores, cresce em Porto Alegre, muito em função da gravidez indesejada na adolescência. Hoje, a Secretaria retoma um projeto - aquele dos implantes –, só que prioriza eminentemente pacientes HIV positivas, o que é um erro na minha visão. Nós temos que priorizar as pacientes HIV positivas, sim, mas temos que priorizar e dar possibilidade de colocar o implante, o DIU, nas pacientes usuárias de crack, nas pacientes moradoras de rua, nas adolescentes, para prevenir a gravidez indesejada.

É com muita tranquilidade que venho responder ao Ver. Eng Comassetto, do PT, com relação à questão do Mais Médicos. O Mais Médicos é uma enganação! Este panfleto era distribuído numa das secretarias da Prefeitura ontem, portanto é importante que o Executivo observe isso, porque isso pode ser caracterizado como crime. Um panfleto que criminaliza o atual Governo Federal, o Governo Temer, e que tenta proteger esse Programa eleitoreiro que é o Mais Médicos, que jogou, Dr. Goulart, como está escrito ali, 125 médicos para fora da Prefeitura de Porto Alegre. Cento e vinte e cinco médicos municipários que trabalhavam no Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família – IMESF saíram da Prefeitura de Porto Alegre e foram substituídos por médicos que não tem revalidação do diploma! É importante que a população de Porto Alegre saiba disto: o Programa eleitoreiro Mais Médicos não veio a Porto Alegre para ampliar a assistência à saúde, ele veio para substituir mão de obra qualificada que nós já tínhamos aqui por outros profissionais que não têm diploma revalidado! Isso não resolveu o problema da saúde nem de Porto Alegre, nem do Estado do Rio Grande do Sul e nem do País. Nem melhorou! Então, não vamos continuar tentando enganar a população!

Nós não temos, por exemplo – como foi dito por outro Vereador aqui –, corrupto de estimação. Nós não temos...

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. DR. THIAGO: ...Então, é muito importante deixarmos claras as nossas diferenças. Nós temos diferenças sim! Nós temos o atendimento de verdade para as pessoas. Nós não podemos continuar enganando as pessoas. Nós não temos corruptos de estimação! O Lula é o corrupto de estimação deles! Cada um escolhe o corrupto de estimação! Eles escolhem, entre eles, os corruptos de estimação. Nós não temos isso, doa a quem doer, a justiça tem que ser igual para todos e é essa sinceridade que nós defendemos. A saúde de Porto Alegre tem muitos problemas. A saúde de Porto Alegre tem transformado doenças curáveis em incuráveis. E o Mais Médico piorou...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar na Pauta. Após retornamos à ordem normal.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Prof. Alex Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2313/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 229/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ilha das Flores o logradouro não cadastrado conhecido como Rua Quatro – Ilha das Flores –, localizado no Bairro Arquipélago.

 

PROC. Nº 0885/16 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 013/16, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que concede o Diploma Honra ao Mérito à Associação Negra de Cultura – ANdC –, pela criação e pela promoção do evento cultural Sopapo Poético – Ponto Negro da Poesia.

 

PROC. Nº 0947/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Desembargador Sebastião Adroaldo Pereira o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Seis, localizado no Bairro Campo Novo.

 

PROC. Nº 0948/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Wanderley Soares o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Três, localizado no Bairro Campo Novo.

 

PROC. Nº 1104/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/16, de autoria do Ver. Waldir Canal, que denomina Rua Danton Krás Borges o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 5109 – Loteamento Portal do Guarujá 2 –, localizado no Bairro Guarujá.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2802/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 273/15, de autoria do Ver. Mario Manfro, que assegura às pessoas idosas com dificuldade de locomoção o atendimento, bem como a devida acessibilidade, em unidade básica de saúde, unidade de saúde da família ou centro de saúde mais próximo de sua residência.

 

PROC. Nº 2839/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 280/15, de autoria do Ver. Waldir Canal, que declara de utilidade pública a Associação dos Ferroviários Sul-Riograndenses.

 

PROC. Nº 1221/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 014/16, que dispõe sobre o Serviço de Transporte Motorizado Privado Remunerado de Passageiros, executado por intermédio de plataformas tecnológicas e sobre o compartilhamento de veículos; altera a redação do art. 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 e 21, revoga o inciso IV e os §§ 1º, 2º e 3º do art. 14, o parágrafo único do art. 17, o parágrafo único do art. 18 e inclui o parágrafo único no art. 16, o parágrafo único no art. 19, o parágrafo único no art. 20 e os artigos 16–A, 18–A e 21–A na Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998; inclui o inciso VII no art. 3º da Lei nº 11.182, de 28 de dezembro de 2011. Com Emendas nºs 01 e 02.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA: Boa tarde, senhoras e senhores, eu gostaria de me manifestar com relação ao PLL nº 273/15, de autoria do Ver. Mario Manfro, que assegura às pessoas idosas com dificuldade de locomoção o atendimento, bem como a devida acessibilidade, em Unidade Básica de Saúde, Unidade de Saúde da Família ou centro de saúde mais próximo de sua residência. Senhoras, senhores, que é obrigação do Poder Público oferecer saúde, educação, segurança, a toda a população, quanto a isso não há discussão. Porém, não basta que nós tenhamos os equipamentos públicos instalados em todas as regiões de Porto Alegre, o que não acontece em todas as localidades. Não basta que nós tenhamos profissionais lotados nesses espaços, o que não temos. Não temos médicos nos postos de saúde, problema grave recentemente destacado pelo Ver. Dr. Thiago, que fez a sua apresentação antes desta minha fala. Faltam profissionais na educação. E, agora, o projeto do Ver. Mario Manfro visa a garantir a acessibilidade às pessoas idosas. Falo isso em virtude do acompanhamento da minha falecida avó em seus instantes finais de vida, em idade avançada, cuja locomoção era extremamente prejudicada. Ela tinha muita dificuldade em se deslocar, subir e descer escadas sozinha era, antes de tudo, uma aventura arriscada, muito perigosa. E existem vários postos de saúde, vários equipamentos públicos em que a acessibilidade não garante a utilização do direito à saúde. Para crianças portadoras de deficiências também não temos, muitas vezes, a garantia da educação próxima a sua casa por conta da falta de acessibilidade aos espaços escolares; existem escolas municipais que contam com muitas escadarias. Nós precisamos garantir que a nossa população tenha acesso aos serviços públicos. Não basta ter o ponto físico, a estrutura, o equipamento, não basta ter o profissional lotado naquele espaço, precisamos garantir que as pessoas utilizem esse direito que lhes é garantido pela Constituição brasileira.

Portanto, o meu posicionamento é favorável ao projeto do Ver. Mario Manfro, que está correndo em 2ª Sessão de Pauta, logo mais ele vai para a análise das comissões, e, como membro da CEDECONDH, me manifestarei favoravelmente à continuidade e aprovação desse projeto. Conto também com a parceria e apoio do Ver. Dr. Thiago, que é sensível também a esta questão da saúde, que é a sua principal bandeira de luta, e com o Ver. Mario Manfro, autor do projeto em discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Idenir Cecchim, na condição de Líder da Bancada do PMDB e nos termos do art. 218, § 6º do Regimento, solicita Licença para Tratamento de Saúde para o Ver. Professor Garcia, no período de 03 de junho a 02 de agosto de 2016.

Apregoo Ofício nº 025/16-GPV, do Vice-Prefeito Sebastião Melo (Lê.): “Senhor Presidente: Cumprimentando-o cordialmente, comunico a Vossa Excelência e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que deverei ausentar-me do Município de 02.06.2016 a 06.06.2016, ocasião em que viajarei a Brasília e, na sequência, a Goiânia. Em Brasília, cumprirei Agenda com o Excelentíssimo Ministro Eliseu Padilha, Chefe da Casa Civil da Presidência da República, para tratar do financiamento, com o aval da União, junto a CAF. Manterei encontro com o Excelentíssimo Senhor Ministro Osmar Terra, Titular do MSD, a fim de gestionar ações junto aos Programas Sociais vinculados à FASC, e , ainda, manterei reunião com o Excelentíssimo Ministro da Cultura, Marcelo Calero, buscando liberação dos recursos destinados à conclusão do Restauro do Mercado Público. Em Goiânia, em missão institucional, conhecerei o sistema de integração de Mobilidade Urbana implantado naquela Capital. O ônus para o Executivo Municipal será de uma passagem aérea Porto Alegre/Brasília/Goiânia/Porto Alegre e a cessão de 3 (três) diárias. Atenciosamente, Sebastião Melo, Vice-Prefeito”.

Apregoo Ofício nº 027/16-GPV, do Vice-Prefeito Sebastião Melo (Lê.): “Senhor Presidente: Cumprimentando-o cordialmente, reporto-me ao Ofício nº 025/16-GPV, encaminhado a Vossa Excelência, para que seja considerada a cessão de 2 (duas) diárias como ônus para o Executivo e não como constou. Atenciosamente, Sebastião Melo, Vice-Prefeito”.

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Visivelmente não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h24min.)

 

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